terça-feira, 30 de setembro de 2008

São os políticos, estúpido!



Olhando o mar Cantábrico neste remanso outonal do País Basco, revejo declarações dos Pinos & Linos e dos Linos & Pinos, imaginando o que será esta maré negra que se aproxima e para a qual, o sistema político não está preparado. Diziam os nossos Pinos e os nossos Linos que não se podia intervir no preço dos combustíveis porque a complexidade dos mercados e blablablablablablabla, portanto bzbzbzbzbzbzbzbzbzbzbz.

Apesar de toda esta treta, minha bem amada Angela, mais o George, Nicolas, Zapatero, Barroso, José, Beleza, Constanso, Silva e outros tratantes, todos vós ireis perorar, dentro de dias, sobre as virtudes da intervenção de São Estado.

O temporal já bate feio na costa de Zarautz e prepara-se para arrastar um Banco aqui, outro mais a Leste e ainda outro chegado ao Norte. Observo mais gente do que é costume, benzendo-se à porta das Igrejas, esperando que as portas se abram e que a palavra do Senhor traga sossego aos seus portefólios. Outros, malvados, afixam o sorrido tipo FP e murmuram enquanto folheiam as páginas do Espesso: - Eu fartei-me de avisar, NÃO QUISESTE OUVIR...
Outros ainda, repetem com estóica paciência: ¿porque vos interrogais se a verdade vem escrita nas páginas da Bíblia?
Irmãos: as vacas magras caminham a passos largos por toda essa Europa, mas antes fostes visitados pelas gordas, todas aquelas frísias luzidias que pastavam nos nossos prados e das quais Lino & Pino, Pino & Lino nos repetiam que por ali andariam até à eternidade.
Como se os políticos que nos «comem» faz já muitos anos não tivessem como meta enganar-nos a todos para que o seu paraíso não se tornasse efémero, tal qual acontece aos trabalhadores dos têxteis, das cerâmicas, do calçado, etc.etc.etc.
Os políticos europeus – são esses que me preocupam – repetiram-me até à saciedade que as vacas ficariam sempre nos meus campos e nunca se iriam embora, mais ainda, estas eram vacas sagradas exactamente as mesmas que se atropelavam no sonho de José.

Significativamente, conhecem-se textos da OCDE que estão todos rasurados por estes dias, a treta não encaixa com a careta, todos aqueles deputados que mandamos para Estrasbourg, levantam-se agora a horas matinais, tal-qualmente os operários da metalurgia, porque é preciso rasgar papeles, discursos antiquados, resgatar o intervencionismo do Estado, antes que as vagas previstas para o que se vai suceder aos lamentos, os varram do «bem-bom» outra vez para a Vidigueira, Freixo-de-Espada-à-Cinta, e outros lugares de Castilla.
Pois, pois, a culpa mora em Nova York; inadmissível, inadmissível aquela gentalha de Wall Street que se faz explodir e desmoronar numa repetição do triste episódio Setembrino, por falta de líderes políticos e excesso de indisciplina política. Tudo se sente à deriva quando os barcos naufragam, começando por essa campanha eleitoral errática e contínua em que os políticos europeus vivem e que encara a recta final da forma mais mentirosa possível.

Nós por cá, felizmente estamos bem. Santos, Lopes, Silva e outros tratantes zelam pelo nosso sossego e promovem bem-estar, a bem da família e da nação. Pronto para ir para a fotocopiadora está o meu voto e os que são dos nossos, assim hajam papeles.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ajudai-me Senhor, ajudai-me.


A ideologia do mercado tem sido adoptada na generalidade dos negócios e é de facto (ainda) o princípio norteador das economias mundiais nos nossos dias. No mundo das actividades económicas e financeiras, o mercado tornou-se tão endeusado que uma teologia emergente terá agora de ser sistematizada afim de poder produzir um novo Summa para os devotos do Deus Mercado.

Nesta hora amarga em que o meu camarada Joe Berardo se refugia cada vez mais em Brancos & Tintos, comprando Quintas e Cepas em Terras de Aguiar, descrente nos seus activos financeiros duramente investidos em offshores do BCP, vou meditando em Terras de Ondarreta e passa-me pela tóla que os temas das páginas financeiras são similares às encontradas nos textos teológicos. Qual o significado da história da humanidade (?), porque é que as coisas têm corrido mal (?) e como podem ser corrigidas são temas comuns ao The Wall Street Journal, e também ao Génesis segundo S. Paulo, e por isso, voltei a reler Agostinho e a Cidade de Deus. Ortodoxia e heresia regressam para desempenhar um papel importante, tanto na economia como na teologia.

Dada a falência técnica em que se encontram mergulhadas a Universidade de Évora, Universidade do Algarve, Universidade de Lisboa, Moderna, Independente, Autónoma e outras igrejas, será que o Ministério das Finanças não poderia dar um jeito e nacionalizar aquilo tudo?
E depois?
- Depois a malta comprava os restos a preço da uva mijona!

domingo, 28 de setembro de 2008

Portugal socio preferente de Venezuela



Portugal se ha convertido en el socio preferente de Venezuela dentro de la Unión Europea. Pero, ¿todo se reduce a intercambios comerciales?
"La cooperación se ha intensificado"
"Portugal respondió al llamamiento de nuestra colonia en Venezuela (más de medio millón de personas) y de empresarios portugueses, que nos pedían estrechar los lazos. De ahí nuestro interés".

Esta vez, política y economía van de la mano. Portugal tiene que buscar nuevos mercados para colocar sus productos. "Tenemos empresas que quieren ampliar sus exportaciones. En primer lugar, miramos hacia los países de habla portuguesa, después al norte de África (Marruecos, Libia, Argelia) y luego, a América Latina. La clave está en diversificar las fuentes energéticas, para disminuir nuestra dependencia de un solo suministrador de petróleo y gas natural. En este sentido es nuestra apuesta por Venezuela, como lo es por Brasil y por Angola".

Una fuente oficial portuguesa explica que entrará en vigor un memorando de entendimiento en el área energética entre GALP y Petróleos de Venezuela, que contempla la venta a Portugal de 300.000 barriles de crudo al año. Un tercio de su valor se ingresará en un fondo de garantía, para pagar las exportaciones de Portugal. En otras palabras, Venezuela pagará con petróleo sus compras de alimentos, materiales de construcción y distintas obras públicas (una represa y la ampliación del puerto de La Guaira) a cargo de empresas portuguesas.

Sócrates y Chávez concretaron también varios preacuerdos firmados durante la visita del primer ministro a Caracas. En concreto, Portugal venderá a Venezuela un millón de ordenadores portátiles Magallanes, de fabricación lusa (?!), para alumnos de primaria, instalará 50.000 viviendas prefabricadas por la empresa portuguesa Lena, y consolidará su participación en proyectos de extracción de gas en la faja petrolífera del Orinoco.

Alô, alô seu José, aquele abraço. Estou de acordo consigo - neste tema... ojo!
Sempre fomos um Povo bom à troca. Reveja-se toda a campanha das Índias.

GRUPO LENA
http://www.grupolena.pt/files/56_Inforlena_JaneiroJunho_465eeb0fc12c0.pdf

sábado, 27 de setembro de 2008

La batalla de los Magallanes de bajo coste




Nacieron como proyectos altruistas para fomentar el uso de la informática en el Tercer Mundo, pero los ordenadores de bajo coste han resultado ser un negocio rentable y la competitividad entre los fabricantes crece.

Intel se apuntó bien al firmar un acuerdo con el gobierno portugués para la distribución de medio millón de unidades de su portátil Classmate PC en las escuelas lusas. Los ordenadores serán ensamblados en Portugal y el gobierno del país los distribuirá gratis o a un precio máximo de 50 euros entre escolares de bajos recursos.

Se trata del mayor pedido hasta la fecha para Intel, que lanzó el Classmate PC el pasado año, y mejora su posición frente a su principal competidor, el XO de la ONG One Laptop per Child (OLPC), más conocido como el portátil de los 100 dólares (unos 64 euros).

El XO de OLPC, con su característica carcasa verde y blanca, sigue siendo el proyecto quizá más conocido. La ONG ha vendido hasta la fecha unos 600.000 portátiles pero, pese al interés inicial que despertó en todo el mundo, no está consiguiendo alcanzar las cifras de ventas proyectadas. Uno de los principales problemas era la reticencia de muchos ministros de educación a adquirir un ordenador que sólo funcionaba con el sistema operativo abierto Linux, por lo que OLPC anunció el pasado mayo que el XO aceptaría también Windows.

El Classmate de Intel está disponible en ambos sistemas y aunque en principio se diseñó para los escolares del Tercer Mundo, la firma decidió posteriormente cambiar su estrategia ante el interés mostrado por clientes ajenos al mundo educativo.

El pasado marzo Intel anunció que distribuidores en países desarrollados podrán adquirir el portátil Classmate para venderlo directamente a los consumidores.

OLPC mantiene su plan original de distribución sólo a gobiernos, aunque la organización ha lanzado dos campañas en EEUU para permitir que particulares adquirieran dos portátiles por 255 euros si donaban uno de ellos. Pero las relaciones entre Intel y la ONG han sido siempre tortuosas, pese a que la firma estadounidense fue una de las primeras empresas que participaron en el proyecto.

Para empezar, el XO no utiliza microprocesadores de Intel, sino los de su competidor AMD. Además, la ONG y su principal impulsor, Nicholas Negroponte, nunca vieron con buenos ojos la determinación de Intel de producir su propio ordenador de bajo coste y la acusó, incluso, de vender su aparato a precios por debajo de coste.

Alô, alô seu Hugo Chavez, aquele abraço. Sabes que trabalho bem à troca e estou sempre aberto ao Oil Gang y sus muchachos. Diz alguma coisa carajo!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

À procura da capital da Ibéria, capital da Europa



Qualquer um de nós - pelo menos na nossa minoritária comunidade - todos nós temos ouvido falar disso a que chamam "Projectos Europeus de Investigação". E na medida em como gostamos dessas coisas, este termo irá despertar em nós sentimentos de rejeição, atracção, medo, abandono, impotência ou indiferença. Neste contexto, e apesar do incessante aumento do número de empresas participantes, não é difícil ouvir ainda a pergunta: "Porquê a Europa?"; "Para quê a Europa?"

Talvez seja a hora de lembrar – aqui em Madrid, amanhã em Bilbao – que neste tempo e actualmente em curso, movimenta-se a sétima edição – sim é a sétima – dos Programas de Investigação da União Europeia e que terá duração até ao ano 2013.

Este programa, geralmente referenciado pela sua sigla FP7 em inglês, é o programa de investigação com a maior dotação de fundos para bolsas & subvenções de todo o mundo: 54.244 milhões de €. E esta é, sem dúvida, uma das mais robustas respostas para a pergunta, que muitos (?!) de nós fazemos: - temos de ir para os caminhos da Europa para obter financiamento para o nosso plano estratégico de investigação?

Mas apesar de ser óbvio, o que está escrito acima não é a única resposta possível. O quadro da investigação europeia é oportunidade excelente para bater à porta das empresas, centros tecnológicos e universidades (aqui a educação superior não é binária) que mais admiramos e com as quais temos alguma coisa para aprender, para lhes perguntar se eles querem trabalhar connosco no desenvolvimento de um projecto. E este é um exercício que milhares de empresas tentam pôr em prática a cada semana. Existe, portanto, uma boa disponibilidade para ouvir, o que é primeiro requisito para formar um consórcio de projecto.

E fazer um bom consórcio dar-nos-á sempre a oportunidade para melhorar os nossos conhecimentos, não só numa perspectiva científico-tecnológica, mas também no respeitante aos produtos-serviços finais e incluso aos seus mercados, através de acordos obrigatórios que englobem resultados operacionais. Estes benefícios são reais e, para a sua realização, como em qualquer outro negócio, só se exige uma coisa: - que os levemos a sério e façamos um bom trabalho de preparação das propostas. O que não vale são meias-tintas.

Temos espaço para priorizar as nossas ideias de acordo com as nossas necessidades. Assim, podemos pensar em obter inovações incrementais para produtos maduros, ou talvez abordar uma inovação radical para desenvolver um produto completamente novo para um mercado potencialmente atraente, mas inexistente na actualidade.
O campo de jogos FP7 é imenso, e uma vez aqui – Madrid (Bilbao) – encorajamos gente de todos os negócios e especialmente os que estão acostumados à quietude, a participar no mesmo. O primeiro passo é definir claramente o que cada um quer atingir e está disposto a dar nesta fase de oportunidades. A partir de uma nova aliança, neste caso com um ex-ministro, vou buscar apoio e experiência dos Centros de Tecnologia Ibéricos para a definição de boas propostas.

Mesmo ganhando só para os gastos e com uma cagagésima percentagem nos resultados, acredito que vou ter saldo positivo ao participar, porém, se perder esta oportunidade, estarei a oferecer uma ferramenta única aos meus Concorrentes & Adversários.
É isso que quero?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Magallanes, Magallanes… no que te vieste meter



Poco tiempo antes del viaje de Magallanes (1520), comenzamos a construir ordenadores en la ciudad de Matosinhos. Era El-Rey de Portugal, D. José de Massada.
En el momento del Rey D.Manuel Primeiro porque no le gustan los ordenadores, y por mucha palabra en torno de tanto charlar de lo Magallanes, hay diversos planes para poner final a la historia inmediatamente en el momento del nacimiento del tema este. Reconociendo el valor de la opinión de D. Vasco da Gama y no fiando de las pláticas de lo Duque de Ribeira de Pena (D. Pacheco Pereira), el rey de Portugal había dispuesto una Secreta Armada para dar destino del infierno desde comienzo asta al final, a lo canastro de Magallanes.
Según informes de la seguridad nacional, está disponible D. Vasco da Gama para comandar lo grupo de seguidores del Rey D. Manuel, en dirección Sanlúcar y dar desaparición a toda esta polémica de Magallanes.
"Sanlúcar es histórica desde la tira de años".
Aquí se armaron los navíos para la conquista de Canarias, incluso uno de aquellos adelantados que luego redujeron a los guanches está aquí enterrado; aquí empezó el tercer viaje de Colón (y no hizo los anteriores porque no consiguió la tripulación suficiente), y de aquí salió Magallanes, y aquí volvió Elcano de dar la vuelta al mundo... Ésta era la entrada de Sevilla, que era una ciudad de un porte imponente... Y aquí conocieron los alatristes de entonces los naufragios de los galeones, que ahora conviven en el fondo de la desembocadura con ese lodo que ha hecho que la playa ya no sea del color del cielo, cuando está azul, sino del color del chocolate, como si el mar se vengara de una contaminación que ya cubre más que la historia.
La verdad es que los ordenadores Magallanes, almacenados en el puerto de Sanlúcar, sólo saben hablar español. Por todo ello, arriba Pereira y vámonos a destruir, quemando todos estos ordenadores. Fuerza, por el camino de Sanlúcar!

Alô, alô seu Diogo Vasconcelos! Aquele abraço. Tu é que tens ideias; essa mesmo do Magallanes começar na Estação de Campanhã e acabar na Gare do Oriente é mesmo de Mestre.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deixem falar o mercado...



Esta frase tonitruante se pronunciada em voz alta, no meio de uma assembleia bem composta, arrepia. Pois, se tem de fechar, que feche!
É a chamada «limpeza» da economia. Diz outro.
De repente, como por passe de mágica, quem tem poder para isso, decreta. Decreta que se compre, que se venda, que se injecte, que se snife, que se…
Quem era a favor, já é contra, quem vinha à janela espreitar anda agora de bandeiras desfraldadas a pedir a intervenção do Governo, quem chora pela privatização da EDP jura a pés juntos que a Universidade Pública se deve manter com fluxo financeiro proveniente do ESTADO.
Comprovadamente, somos muito contraditórios e nada coerentes.
O Governo – este, o outro e ainda o que a seguir virá – possui meia dúzia de preferências (tantas?), a principal das quais é a continuidade. Entre os dedos que enumeram essas preferências não está a educação superior. Por muita propaganda que esteja a ser preparada para vir para estrada. Sejamos claros: a educação superior não ganha eleições, nem campeonatos, nem aparece na primeira página de «A Bola».
Zé Mariano, dono da educação superior, tem dois quadros na parede do seu gabinete de trabalho. Um, possui meia dúzia de rabiscos sobre o ensino politécnico, diz que vai crescer o número dos seus alunos, diz que há politécnicos a mais, diz que tem doutores e «especialistas», que aquilo é barato, enxameado de funcionários públicos a baixo custo, quietos, calados, sossegados e cumpridores, veneradores e obrigados. Diz lá no quadro que há um interlocutor chamado CCISP - Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos que anda por aí e raramente se encontra. É para manter na órbita governamental: aquilo está ao preço da uva mijona.
O segundo quadro, negro, diz à cabeça que é para privatizar.
Está aberta a privatização das universidades públicas a bom preço. Por omissão, por esquecimento, por fecho de torneira, por empurrão, por benesse aos amigos que – seguramente – não se esquecerão de nós na hora da alternativa. Diz lá no quadro, que há uma coisa chamada CRUP - Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, que também não conta para o EuroMilhões, raramente acerta e quando se faz ouvir é para propor um «três» ou falhar rotundamente nas estrelinhas.
Como dizia uma anedota brejeira, muito em voga nos anos oitenta: - Organizem-se compadres, organizem-se!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dos Nórdicos & de outros Povos


«Foto de Augusto Mota»





Confesso-me um seguidor do calendário de Pã, Pan ou Pam, aceitando até que seja Pão.
Em alturas certas do ano, lembra-me a Fatinha que, ainda não trouxe sementes disto, daquilo, que as alfaces ainda não foram para terra firme, ou que o feijão de trepar anda muito atrasado. Também, o milho está caro, logo é preciso lavrar mais terra; não se pode alimentar os suínos a ração, são precisos mais ‘calondros’, tremoços e chicórias; mais, este ano a fava deveria ter rendido mais, mesmo muito mais. Por estas e outras metáforas se vê, que o Povo a que estou ligado sentimentalmente não é Nórdico. Se eu fosse Nórdico, teria os meus interesses orientados para o Molibdénio, Aços laminados a quente e outras bizarrias.
Mal comparado, o estado da educação superior reflecte esta dicotomia, entre o nosso sonho dourado de ser como os nórdicos e trabalhar dia-a-dia na horta, na eira e no nabal. No entanto, povos feitos da mesma argamassa que nós, têm convertido pimento, tomate e pêssego ‘melocoton’ em fatias importantes do PIB lá da Terra deles.
Um exercício simpático sobre o ‘como pensar nestas e noutras coisas’ levou-me um destes dias a Castelo Branco, cidade quase raiana, quente e aberta, dona de escolas bonitas e onde o Polis anda quase à uma década a tentar embelezar jardins e parques.
Juntaram-se ali meia dúzia de doutores ditos de segunda – eram todos quadros dos Politécnicos – imaginem só: para debater e decidir sobre o que são problemas aflitivos das suas áreas de ‘inteligência’. Mais! Tiveram a distinta lata de ignorar que uns eram presidentes, directores e outros comissionistas e ousaram votar as respectivas decisões, umas vezes individuais e outras tantas colectivas, de grupo, camisola e outras novidades.
Aqui para nós que ninguém nos ouve, a certa altura do jogo, eu árbitro, deixei-me deslizar para uma atitude discriminatória, ou seja, enviesei o jogo para o voto, obstaculizando a discussão. E não é que esta atitude assim a modos que um bocado para o Nórdico me tem impedido de dormir de bem com a minha consciência?!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Como é bom, o Setembro au Portugal

«Este texto e respectivas imagens são pura ficção, pelo que fica proíbido a qualquer tótó apropriar-se destes objectos e realizar colagens a figuras do mundo real» disse Alexandre Sousa, reunido com os jornalistas esta manhã no Forum da Serra Queimada.

A reunião (a realizar hoje em Paris) da Agência Espacial Europeia (ESA) terá duas representações portuguesas produto de conflito de competências que detêm os ministérios da indústria e da ciência e inovação, cujos titulares são Maria Guida e Zé Mariano, respectivamente.

Ambos os ministros, dizem não estar dispostos a dar o seu braço a torcer, tendo enviado a sua própria delegação para a reunião, gerando grande animação para gáudio e surpresa do sector da aviação.

MG enviada para Paris, congratulou-se com a reunião de hoje do Conselho de delegados de países membros da ESA, onde se sentará à mesa com Fátima Lopes, secretária-geral da Indústria. Zé Mariano, por seu lado, enviou Manuel Frederico, delegado à ESA que, no momento oportuno, havia sido nomeado pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Industrial (CDTI), dependente da ciência e da inovação. Também participará o director do Comité Olímpico, recentemente demitido e demissionário.
Confrontados com o conflito entre os dois ministérios, alegando as competências da indústria aeroespacial, os proprietários do país decidiram, a mando do Palácio de Belém, adoptar uma solução Salomónica no sentido de conseguir hoje, reunidos em Paris, mais uma vitória para a indústria e ciências portuguesas. Fontes próximas do Governo reconheceram ontem, que houve "um problema de coordenação que os dois ministérios tiveram de superar com algum sacrifício, dada a pujança com que qualquer dos ministros se apresenta perante a sociedade portuguesa."
Ao meio-dia, o departamento de Zé Mariano tornou público um comunicado em que declarou: "O Ministério da Ciência e da inovação está a trabalhar com o Ministério da Indústria na definição de um quadro de cooperação óptima para os interesses de Portugal, de acordo com as respectivas competências aprovadas no último Plano Tecnológico. "
O conflito interdepartamental no sector das tecnologias já atingiu um nível notório, sendo muito falado nas noites de Lisboa, mas a questão não é nova. Quatro anos atrás, quando o primeiro governo de Lopes desmantelou o Ministério da Ciência e da Tecnologia - com as competências da indústria incluídas - a festa foi transferida para o reformado ministério da educação que passou a deter o poder científico, desencadeando um forte debate entre os ambos os departamentos.
Desta vez, a remodelação do sector aeroespacial foi feita com Maria Guida no comando das operações, tendo o impulso sido desencadeado no início do verão, com várias fábricas de aviões, satélites e mísseis a disputar o exíguo território de Évora, Beja e Portalegre (dizem que Covilhã também).
Zé Mariano anunciou em 24 de Junho (festas do S.João em Braga) que o CDTI foi para o seu departamento. Mas o decreto sobre a reestruturação do ministério da Maria Guida (julho 16) especificava que a indústria aeroespacial, incluindo a representação em organismos internacionais permaneceria no ministério da indústria, embora o CDTI, que tem gerido programas sectoriais por mais de 20 anos, se tenha passado parta o lado da Ciência.

Um alto cargo da ciência e da inovação alertou superiores seus, sobre as implicações do decreto de reestruturação da indústria, mas a resposta que recebeu, removeu-lhe a importância. Em 31 de agosto Maria Guida nomeou um novo delegado para a ESA, Fátima Lopes, desautorizando assim quem estava nomeado a desempenhar o cargo pelo lado de Zé Mariano, blablablablablablabla & etc. e coisa e tal.

Disse mais, Alexandre Sousa.
Disse que Faria de Oliveira, Teixeira dos Santos, Ricardo Salgado, Miguel Beleza, Silva Lopes, Vitor Constanso, Nicolau Santos e outros tótós, sabem mais sobre finanças do que Jesus Cristo sabia no seu tempo. Ainda bem que estamos em boas mãos. Podemos dormir tranquilos até ao apito final.




domingo, 14 de setembro de 2008

Tudo o que está vivo morrerá um dia destes



Aeroflot-Nord Boeing 737-500 (VP-BKO)
Aeroflot Flight 821


Dizem os números das probabilidades que, tantos de nós que voam de cá para lá e de lá para cá entre Moscovo, Perm(skaya), Ufa e Samara, podem ficar algures reduzidos a pó, no meio do caminho.
Assim aconteceu a dois amigos, colegas, companheiros e camaradas que regressavam ao trabalho no triângulo aeroespacial.
Onde quer que estejais, aquele abraço. Voltaremos a encontrar-nos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Lili Marlen - Marlene Dietrich

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

& porque não Willie Brandt???Willy-Brandt???




Cheguei cansado da guerra, como se regressasse do Bairro Alto –cozidinho de facadas, rosa vermelha ao peito.
Em verdade, verdade vos digo, parti de casa com o mapa cedido por Angela Merkel e fui por aí, por aí, cumprindo plano & programa ou melhor dizendo, programa & planos, até onde me deixaram, até onde a idade me foi levando.
Contrário a alguns amigos meus, a quem muito puxa pelo Sul, eu, lá vou subindo nesta caminhada que ao Norte me leva, 11 em cada 10 vezes.
Ironia do destino: - único convite sério que encontrei na caixa do correio… outra vez a Cidade Grande, outra vez, gente que já de Ministro provou e a quem, por obras & outras lembranças, custa muito dizer que não.
Mas, tal qual a virgem que negará três vezes e três vezes irá aos Céus, assim estarei eu exposto, mesmo que nunca tenha dito que sim.

Cheguei mais cansado que nunca! Por culpa minha, por desafiar três vezes vinte anos, porque não terei nunca mais a tua idade, por sonhar morrer um dia no campo da batalha.
Por isso o Norte!
Severnaya Zemlya diz-vos alguma coisa? Provavelmente não.
Foi por aí, por volta dos 80 graus, latitude Norte claro; quase 100 graus longitude Este, que eu, mais outros amigos, colegas, companheiros e camaradas da NASA, sim da NASA, voltamos a redescobrir Willie Brandt ou Willy-Brandt.
É bom estar de volta. Nem que seja para trabalhar com o camarada ex-Ministro.
Logo se vê…