terça-feira, 30 de setembro de 2008

São os políticos, estúpido!



Olhando o mar Cantábrico neste remanso outonal do País Basco, revejo declarações dos Pinos & Linos e dos Linos & Pinos, imaginando o que será esta maré negra que se aproxima e para a qual, o sistema político não está preparado. Diziam os nossos Pinos e os nossos Linos que não se podia intervir no preço dos combustíveis porque a complexidade dos mercados e blablablablablablabla, portanto bzbzbzbzbzbzbzbzbzbzbz.

Apesar de toda esta treta, minha bem amada Angela, mais o George, Nicolas, Zapatero, Barroso, José, Beleza, Constanso, Silva e outros tratantes, todos vós ireis perorar, dentro de dias, sobre as virtudes da intervenção de São Estado.

O temporal já bate feio na costa de Zarautz e prepara-se para arrastar um Banco aqui, outro mais a Leste e ainda outro chegado ao Norte. Observo mais gente do que é costume, benzendo-se à porta das Igrejas, esperando que as portas se abram e que a palavra do Senhor traga sossego aos seus portefólios. Outros, malvados, afixam o sorrido tipo FP e murmuram enquanto folheiam as páginas do Espesso: - Eu fartei-me de avisar, NÃO QUISESTE OUVIR...
Outros ainda, repetem com estóica paciência: ¿porque vos interrogais se a verdade vem escrita nas páginas da Bíblia?
Irmãos: as vacas magras caminham a passos largos por toda essa Europa, mas antes fostes visitados pelas gordas, todas aquelas frísias luzidias que pastavam nos nossos prados e das quais Lino & Pino, Pino & Lino nos repetiam que por ali andariam até à eternidade.
Como se os políticos que nos «comem» faz já muitos anos não tivessem como meta enganar-nos a todos para que o seu paraíso não se tornasse efémero, tal qual acontece aos trabalhadores dos têxteis, das cerâmicas, do calçado, etc.etc.etc.
Os políticos europeus – são esses que me preocupam – repetiram-me até à saciedade que as vacas ficariam sempre nos meus campos e nunca se iriam embora, mais ainda, estas eram vacas sagradas exactamente as mesmas que se atropelavam no sonho de José.

Significativamente, conhecem-se textos da OCDE que estão todos rasurados por estes dias, a treta não encaixa com a careta, todos aqueles deputados que mandamos para Estrasbourg, levantam-se agora a horas matinais, tal-qualmente os operários da metalurgia, porque é preciso rasgar papeles, discursos antiquados, resgatar o intervencionismo do Estado, antes que as vagas previstas para o que se vai suceder aos lamentos, os varram do «bem-bom» outra vez para a Vidigueira, Freixo-de-Espada-à-Cinta, e outros lugares de Castilla.
Pois, pois, a culpa mora em Nova York; inadmissível, inadmissível aquela gentalha de Wall Street que se faz explodir e desmoronar numa repetição do triste episódio Setembrino, por falta de líderes políticos e excesso de indisciplina política. Tudo se sente à deriva quando os barcos naufragam, começando por essa campanha eleitoral errática e contínua em que os políticos europeus vivem e que encara a recta final da forma mais mentirosa possível.

Nós por cá, felizmente estamos bem. Santos, Lopes, Silva e outros tratantes zelam pelo nosso sossego e promovem bem-estar, a bem da família e da nação. Pronto para ir para a fotocopiadora está o meu voto e os que são dos nossos, assim hajam papeles.

1 comentário:

Anónimo disse...

quello che stavo cercando, grazie