sexta-feira, 26 de setembro de 2008

À procura da capital da Ibéria, capital da Europa



Qualquer um de nós - pelo menos na nossa minoritária comunidade - todos nós temos ouvido falar disso a que chamam "Projectos Europeus de Investigação". E na medida em como gostamos dessas coisas, este termo irá despertar em nós sentimentos de rejeição, atracção, medo, abandono, impotência ou indiferença. Neste contexto, e apesar do incessante aumento do número de empresas participantes, não é difícil ouvir ainda a pergunta: "Porquê a Europa?"; "Para quê a Europa?"

Talvez seja a hora de lembrar – aqui em Madrid, amanhã em Bilbao – que neste tempo e actualmente em curso, movimenta-se a sétima edição – sim é a sétima – dos Programas de Investigação da União Europeia e que terá duração até ao ano 2013.

Este programa, geralmente referenciado pela sua sigla FP7 em inglês, é o programa de investigação com a maior dotação de fundos para bolsas & subvenções de todo o mundo: 54.244 milhões de €. E esta é, sem dúvida, uma das mais robustas respostas para a pergunta, que muitos (?!) de nós fazemos: - temos de ir para os caminhos da Europa para obter financiamento para o nosso plano estratégico de investigação?

Mas apesar de ser óbvio, o que está escrito acima não é a única resposta possível. O quadro da investigação europeia é oportunidade excelente para bater à porta das empresas, centros tecnológicos e universidades (aqui a educação superior não é binária) que mais admiramos e com as quais temos alguma coisa para aprender, para lhes perguntar se eles querem trabalhar connosco no desenvolvimento de um projecto. E este é um exercício que milhares de empresas tentam pôr em prática a cada semana. Existe, portanto, uma boa disponibilidade para ouvir, o que é primeiro requisito para formar um consórcio de projecto.

E fazer um bom consórcio dar-nos-á sempre a oportunidade para melhorar os nossos conhecimentos, não só numa perspectiva científico-tecnológica, mas também no respeitante aos produtos-serviços finais e incluso aos seus mercados, através de acordos obrigatórios que englobem resultados operacionais. Estes benefícios são reais e, para a sua realização, como em qualquer outro negócio, só se exige uma coisa: - que os levemos a sério e façamos um bom trabalho de preparação das propostas. O que não vale são meias-tintas.

Temos espaço para priorizar as nossas ideias de acordo com as nossas necessidades. Assim, podemos pensar em obter inovações incrementais para produtos maduros, ou talvez abordar uma inovação radical para desenvolver um produto completamente novo para um mercado potencialmente atraente, mas inexistente na actualidade.
O campo de jogos FP7 é imenso, e uma vez aqui – Madrid (Bilbao) – encorajamos gente de todos os negócios e especialmente os que estão acostumados à quietude, a participar no mesmo. O primeiro passo é definir claramente o que cada um quer atingir e está disposto a dar nesta fase de oportunidades. A partir de uma nova aliança, neste caso com um ex-ministro, vou buscar apoio e experiência dos Centros de Tecnologia Ibéricos para a definição de boas propostas.

Mesmo ganhando só para os gastos e com uma cagagésima percentagem nos resultados, acredito que vou ter saldo positivo ao participar, porém, se perder esta oportunidade, estarei a oferecer uma ferramenta única aos meus Concorrentes & Adversários.
É isso que quero?

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