Nem tanto tempo passou ainda, sobre uma discussão internacional em que Vladímir Vladímirovitch Putin foi pivot e fulcro de tudo quanto por ali se trocou. Dizia Putin: - Resolvemos o problema das prateleira vazias; vamos agora atacar o caso dos bolsos vazios. Diz quem já foi ao tapete – judoca, de preferência – que Putin cumprirá a promessa, a seu tempo.
Tem andado o escriba a pensar nas mudanças que papagaios vários vão lançando aos ventos. Mantendo os dedos dos pés, mais ou menos premidos contra o tal tapete, sempre a ver tem-te-não-caias no que param as modas.
Lluís García Renart, professor da Escola de Negócios IESE, explica como funciona este novo soviet market: "Una cadena que vende el 20% de todo lo que se vende en España le dice a un fabricante. ¿Por cuánto me harías un café que esté bien? Mira, ahórrate el gasto en publicidad porque no te hará falta, ahórrate buena parte de la logística y también todo el equipo comercial, porque de todo eso me encargo yo. Fabríqueme toneladas, a buen precio y, a cambio, en mis tiendas sólo se venderá su marca".
O problema pode ocorrer quando o cliente se perfilar frente às estantes do hiper ou do supermercado e verifique com estupefação que as prateleiras estão vazias, mesmo que seja o seu supermercado habitual e ainda assim, não encontre mais do que uma marca ou duas da sua lixívia preferida.
Quando se põem a lucubrar sobre o futuro, os experts do sector da distribuição admitem que o regresso ao problema da prateleira vazia ou soviet market dos anos 60 não será assim tão boa mudança para o consumidor, mesmo que este esteja a soldo do Ministério do Trabalho.
Clara Ferreira Alves e Carlos Magno, dois jornalistas que despisto – sempre que posso – interrogam-se propensamente sobre um hipotético quarto poder, em teoria, passível de ser assumido pelos jornalistas. Quim Oliveirinha , dono de vários serviços de comunicação, costuma rir-se, cinicamente, deste pretenso poder, ao longo dos seus almoços no Restaurante “O Bem Arranjadinho”, ali mesmo na marginal de Leça da Palmeira, onde se come um bacalhau na brasa como já não há noutros sítios da tradição, enquanto se fazem contas ao Import/Export do Porto de Leixões. Óbvio, óbvio que ninguém leva a sério este grito «jornalistas ao poder». Mas, que lhes fica bem… fica e alivia as consciências, acalmando a gritaria do «freeport», à qual respondeu o 3.º poder, esse sim, tenebroso, o do CITIUS, proclamando que afinal já tudo tinha proscrito. Aos proscritos o que é deste mundo! Ponto final.
De quando em quando, tropeço num ou noutro amigo que, tal qual eu, gosta de mostrar o músculo passeando de cá para lá e de lá para cá, entre o edifício simbólico que une Matosinhos ao Porto, e o Forte de S.João da Foz e volta e vira. Invariavelmente, esta treta dá direito a um café no Bar do Molhe ou na Praia da Senhora da Luz. Tudo estaria bem, para além do iodo, não fora a choradeira à volta do BPI ou a lamechice do BPP. Ainda bem que nenhum deles, dos meus amigos, descobriu qual era afinal o meu Banco. Quanto mais tarde melhor. Até porque eu nunca joguei nada na vida; minto?! Sim minto, porque sempre joguei a própria vida. Fora isso, moedas, notas, papel? Nã, nã…essa nã. Tudo isso e mais alguma coisa, não significa que, no fundo, muito lá no fundo do meu ser, não tenha uma réstia de compaixão por todos aqueles que foram ao Casino & Perderam. Adiante!
A chatice é que Eu faço parte desta classe capitalista, dando de barato a composição heterogénea e a miscigenação dos vários grupos que a compõe. Porque: - Vivo, convivo, empurro, balanço, industriais portugueses, bascos, catalães, russos, franceses, alemães, turcos e outros elefantes. Nesta amálgama, devemos incluir todos quantos intervêm na direcção & controlo dos grandes grupos industriais, Bosch, Renault, EDAS, Wolkswagen, Sonae, Amorins, Simoldes, Efas and so… ainda quando o façam a título de administradores e directores executivos, visto que pelos elevados salários desfrutados, se encontram total e completamente identificados, nos interesses, costumes, padrão de vida, e sobretudo com os fins dos grandes Patrões, capitalistas da indústria. Com pudor e algum afecto, não consigo incluir aqui, os meus amigos – alguns em dificuldade económica & financeira – que figuravam como meros accionistas, sem intervenção nas iniciativas das direcções e que eu, outra vez pudicamente, coloco noutro patamar. Deixemos de lado os «pobres» comerciantes, outrora senhores do burgo onde me criei, porque deles já não reza a história, nem sequer a do Vinho do Porto convertido, desde tempos recentes – alô, alô Arlindo, ex-ministro da Agricultura, aquele abraço – dizia eu, convertido em vinho de mesa e de óptima qualidade gastronómica. Chegamos enfim, aos Financeiros. Os Financeiros – alô, alô Fernando, actual ministro das Finanças, aquele abraço – que mediante a organização e expansão do crédito, acrescida da offshorização do capital, controlam todas as operações do DEMO. Neste grupo, estão incluídos, não apenas os banqueiros Salgado, Costa, Loureiro, Ulrich, Jardim, Santos Silva, Torneira Pinto & C.ª Ltdª. mas todos os grandes agentes da finança nacional e internacional, incluindo os que trabalham preferencialmente nas praças do Funchal & Porto Rico. Este grupo é de uma importância extraordinária, porque já vimos (nós os que temos ao menos um de três olhos) que na sociedade actual, dada a complexidade da estrutura capitalista e a velocidade a que se procedem transferências de cashflow & de mais-valias, com frequência é este grupo de gipsofilas engravatadas que domina todos os outros grupos alheios que povoam a sociedade & são exactamente estes, que possuem condições únicas para ditar a política geral do capitalismo, perante a qual os editoriais da Clarinha e do Carlinhos nada valem.
Da Banca Internacional depende, em grandíssima parte, a estrutura imperialista do mundo actual. Os financeiros são os árbitros da estabilidade económica dos Estados, concedendo-lhes ou negando-lhes empréstimos, facilidades e garantias. Os financeiros, além disso, manipulam e especulam com as acções das empresas – industriais & comerciais – que, dessa maneira ficam subjugadas ao seu domínio. Vivemos no mundo da economia do crédito, aqueles que o controlam tem-se tornado cada vez mais poderosos, com uma facilidade e com uma cumplicidade tonitruante dos boys que eles colocam no poder.
Ontem, estive concentradíssimo a ver um documento sobre o percurso de vida do Barry Obama. Confesso que não tinha dado grande relevo (ainda) à eleição do Presidente.
Sem ser cínico – not too much – dois ou três factos apenas, dão comigo no armário dos que não acreditam muito, nem grande esforço fazem para acreditar que o Presidente vai arrumar a Casa. A tarefa que está em fila de espera é longa e dá pano para muito mais do que dois mandatos. Obama é um branco que gostaria de ser negro ou ao revés. O meu candidato era outro, ou outra, já nem sei bem a quantas andava e a bem dizer, nunca soube se tudo isso me preocupava. Preocupa-me sim o país e o povo norte-americano. Preocupa-me o futuro entendimento sino-americano; mais propriamente as trocas e baldrocas que os norte-americanos vão ajustar com os sineses.
Trabalhei em tempos para o Big Blue e tal como muitos outros jovens europeus, não desdenhava de escrever no meu currículo que havia sentado o rabo num daqueles laboratórios de ficção científica, nem que fosse em Salt Lake City – a mim me calhou – desde que pudesse passar 10 dias a New York e outros tantos em S.Francisco. Recordo, com alguma simplicidade, as majestosas discussões sobre os avanços tecnológicos norte-americanos versus europeus. Hoje, apesar dos índices, dos gráficos and so and so, sabemos (?!) que os Airbus estão uns furos à frente dos Boeing; que ninguém compra Chrysler ou General Motor, que vai não vai até a Penélope consegue um Óscar no império dos cinco sentidos. Coloquemos U.S.A. no ponto central ou núcleo do tufão, pode até ser do ciclone. I often debate with chief executives about the importance of hiring a chief innovation officer. They often don't see the need. They argue that innovation is everybody's job. Or they confuse it with research and development and say it already is being done. My point—and it applies to economic recovery as much as it does to product development—is that innovation is a multidisciplinary and disciplined process that needs to be managed and led. If everybody is in charge, then nobody is, and little gets accomplished, if anything at all. Or worse—and this may sound familiar to anyone who has followed Washington—there is a lot of action based only on guesswork, not on a careful exploration of what really is needed.
Em verdade, verdade vos digo: - Inovem em tudo, mas por mor de Deus, deixem ficar duas coisas tal qual ainda se encontram no mercado… o «capuchinho vermelho» & «Jack Daniel's», porque não?
Aqui, ali & acolá, transparecem pontas que evidenciam o facto do autor.ua ser tomado a sério num determinado segmento do sistema científico & tecnológico do País Basco. Aparentemente, 80% dos Europeus está a dar música à Crise, e quem quiser continuar, a comer dieta mediterrânica, andar de carrinho macio, ver televisão via satélite & outros luxos do dia-a-dia, terá de pedalar em novas biclas, com sapatilhas ergonomicamente diferentes, fazendo discursos que seguem outras gramáticas, and so one, and so… É isto, exactamente isto que andam a discutir em Euskadi (entre outras coisas), desde Setembro. Não, não me enganei, disse mesmo Setembro. Tal qual havia sido feito nos anos 90, após a passagem do Michael Porter por Araba, Bizkaia e Gipuzkoa, a grande frente voltou a reunir-se e 5 meses depois, estão a ser levados à prática os planos gizados por cerca de 400 pessoas, dos quais menos de 10% são políticos no activo. Da parte que me toca, concentramos 8 dos vários centros de investigação tecnológica, numa perspectiva de complementaridade, com ideias muito concretas acerca dos produtos (hardwork) e dos segmentos I&D associados. Estamos a falar de 1500 técnicos, 60% dos quais doutorados em temas e problemas de outros tantos projectos, com programas, planos e objectivos práfrentex, discutidos exaustiva e intensamente. Para quem seguiu apaixonadamente este «road map» e trouxe para casa trabalho, muito trabalho para fazer, não é possível deixar de exibir um esgar apátrida de quem sente que na sua Terra, afinal está tudo feito, dada a história que me antecede e que marca todo o fenomenal potencial do rectângulo sudoeste da Ibéria. Como estou de regresso, dei uma volta por aqui por casa e constatei a continuidade do nosso seguidismo daquela estranha e fatídica partição proposta por Pareto e que diz mais ou menos isto: - 80% das preocupações prioritárias dos Portugueses estão concentradas à volta de 3 problemas – Fátima, Fado, Futebol – - 20% das restantes são variações em Ré Menor das mesmíssimas músicas. É estranho… Em Portugal, quando dizemos que vemos uma luz ao fundo do túnel, tenho sempre a premonição de que a luz é mesmo a de um comboio.
As notícias que andam por aí não deixam grandes margens para dúvidas. Portugal está a evoluir mais rapidamente do que os expert haviam anunciado. Claro que um expert como o SuperMinistro quando anuncia a evolução do nosso bem amado PIB já deixa no papel a sua certeza sobre a falsidade do anuncio público. Exercitemo-nos um pouco: Se eu, ministro, digo às massas populares, que vamos crescer 0,1%, então, é porque nos meus papéis já existem esboços demonstrativos de que Eu sei a verdade, ou seja, vamos decrescer 2%. Se eu, Procurador da Republica anuncio que está tudo bem com o caso Freeport, anunciando ao Povo que, em 4 anos, a Justiça já conseguiu ouvir a mulher da limpeza, o jardineiro, o motorista e ainda, a Dona Guida do Café da Esquina, então é certo que o expert destas coisas sabe quando vai mandar arquivar o caso, e isso, já está desenhado em esquemas com suporte em papel, dizemos nós: bases de dados rudimentares que só são inteligíveis aos olhos dos seus criadores. Se eu, spy dos SPYs, coloco na intranet do nosso bem amado PM uma lista com a identificação de elementos dos serviços secretos militares, acessíveis via sistema informático da Presidência do Conselho de Ministros, então, é porque Eu quero que a database can be used to share data electronically and show the process of the investigation – the quality of information, the false leads, and even hunches - to people who were not involved in the database's creation.
Às vezes gosto de contar histórias, macaqueadas com alguma verosimilhança, evitando ter de escrever mais tarde as memórias da minha vida bastarda, deixando às diferentes ninhadas de descendentes a vã glória de discernir o que é ou não contável…
Em tempos que já lá vão – mas que estão por aí a retornar – foi este escriba incumbido de operacionalizar umas ideias acerca do que havia de ser a «estratégia de inovação da região norte». Disse operacionalizar, e disse bem. Também estava comigo, um ilustre teórico, daqueles que escolhem ministros e candidatas a presidências de câmara, que deitou faladura em areópagos vários, mas nunca entrou numa fábrica; confundia invariavelmente o termo organizações, viajava mais do que eu no sentido Porto-Bruxelas-vai-volta, imaginava (ele) que o centro tecnológico das rochas ornamentais ficava ali para os lados de Castro Daire, and so one, and so one, and this thing and private jokes and who lived the moment. Muitíssima da informação recolhida audivelmente era ‘trabalhada’ de duas formas: (1) X set the tone for the political investigation, “with an approach familiar to any reader of police procedurals: on a large piece of paper, X wrote the initials ‘UBL’ and drew a box around them; then X asked her team to come up with any plausible connections, social and otherwise". The ad hoc databases created from these inquiries become elaborate and are often built around the intuition of the creator or creating team. (2) Mapping a Y case or event requires a series of steps: gathering data, organizing the data and outlining connections, and identifying holes in the connections and developing theories to fill them. The process is then repeated as theories are tested and new leads are generated. In this process, an enormous amount of seemingly irrelevant data is accumulated, but it will need to be organized into the framework as well because it may become relevant in a later stage of the investigation. Acontece que, no final do «jogo», alguém, copiava os conteúdos dos discos rígidos para o servidor da AdI, que por sua vez era periodicamente copiado para o servidor da blablablablablablabla. Pois era… Mas, as minhas bases de dados em papel, essas… ah! essas… Bom, essas andavam sempre comigo e junto à Parabellum.