sábado, 14 de fevereiro de 2009

Hello Spyware!



As notícias que andam por aí não deixam grandes margens para dúvidas. Portugal está a evoluir mais rapidamente do que os expert haviam anunciado. Claro que um expert como o SuperMinistro quando anuncia a evolução do nosso bem amado PIB já deixa no papel a sua certeza sobre a falsidade do anuncio público. Exercitemo-nos um pouco:
Se eu, ministro, digo às massas populares, que vamos crescer 0,1%, então, é porque nos meus papéis já existem esboços demonstrativos de que Eu sei a verdade, ou seja, vamos decrescer 2%.
Se eu, Procurador da Republica anuncio que está tudo bem com o caso Freeport, anunciando ao Povo que, em 4 anos, a Justiça já conseguiu ouvir a mulher da limpeza, o jardineiro, o motorista e ainda, a Dona Guida do Café da Esquina, então é certo que o expert destas coisas sabe quando vai mandar arquivar o caso, e isso, já está desenhado em esquemas com suporte em papel, dizemos nós: bases de dados rudimentares que só são inteligíveis aos olhos dos seus criadores.
Se eu, spy dos SPYs, coloco na intranet do nosso bem amado PM uma lista com a identificação de elementos dos serviços secretos militares, acessíveis via sistema informático da Presidência do Conselho de Ministros, então, é porque Eu quero que a database can be used to share data electronically and show the process of the investigation – the quality of information, the false leads, and even hunches - to people who were not involved in the database's creation.

Às vezes gosto de contar histórias, macaqueadas com alguma verosimilhança, evitando ter de escrever mais tarde as memórias da minha vida bastarda, deixando às diferentes ninhadas de descendentes a vã glória de discernir o que é ou não contável…

Em tempos que já lá vão – mas que estão por aí a retornar – foi este escriba incumbido de operacionalizar umas ideias acerca do que havia de ser a «estratégia de inovação da região norte». Disse operacionalizar, e disse bem. Também estava comigo, um ilustre teórico, daqueles que escolhem ministros e candidatas a presidências de câmara, que deitou faladura em areópagos vários, mas nunca entrou numa fábrica; confundia invariavelmente o termo organizações, viajava mais do que eu no sentido Porto-Bruxelas-vai-volta, imaginava (ele) que o centro tecnológico das rochas ornamentais ficava ali para os lados de Castro Daire, and so one, and so one, and this thing and private jokes and who lived the moment. Muitíssima da informação recolhida audivelmente era ‘trabalhada’ de duas formas:
(1) X set the tone for the political investigation, “with an approach familiar to any reader of police procedurals: on a large piece of paper, X wrote the initials ‘UBL’ and drew a box around them; then X asked her team to come up with any plausible connections, social and otherwise".
The ad hoc databases created from these inquiries become elaborate and are often built around the intuition of the creator or creating team.
(2) Mapping a Y case or event requires a series of steps: gathering data, organizing the data and outlining connections, and identifying holes in the connections and developing theories to fill them. The process is then repeated as theories are tested and new leads are generated. In this process, an enormous amount of seemingly irrelevant data is accumulated, but it will need to be organized into the framework as well because it may become relevant in a later stage of the investigation.
Acontece que, no final do «jogo», alguém, copiava os conteúdos dos discos rígidos para o servidor da AdI, que por sua vez era periodicamente copiado para o servidor da blablablablablablabla. Pois era…
Mas, as minhas bases de dados em papel, essas… ah! essas…
Bom, essas andavam sempre comigo e junto à Parabellum.


Sem comentários: