sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Será que isto se aplica noutros campos? Noutras áreas?




Com a devida vénia ao Luís Paixão Martins



Manual de sobrevivência

A sobrevivência de uma instituição enquanto fonte pró-activa de informação depende de ideias mais simples, mais curtas, mais directas, mais "visuais". A opinião pública exige mais transparência e maior rigor, mas está mais céptica - nunca teremos transparência e rigor suficientes.
Devemos usar mais marketing na criação das ideias e menos marketing no seu transporte. Isto é, no transporte da ideia o marketing ganha em ser "escondido".
Devemos preparar-nos para tempos de reacção mais curtos, para usar meios tecnológicos superiores e, ao mesmo tempo, mais acessíveis.
E devemos ter mais gente envolvida no processo de comunicação. Mas tal não significa mais especialistas, significa mais gente - sobretudo não-especialista.

LPM, 25-10-2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Académicos incapazes, académicos capazes...

OU

Como se poderão fazer propostas e avaliar o conceito de «economia da escola superior responsável»

Três cientistas do Porto são citados nos jornais e nos blogues desta semana:
Alexandre Quintanilha, Mário Barbosa e Sobrinho Simões.
São académicos não convencionais que circulam a maior parte do tempo nos caminhos da investigação de elevado nível internacional, emitem opinião nos mais diversos círculos abertos e fechados, geradores de energias alternativas à pilha tradicional do falso centro de investigação e proponentes de ideias contra-corrente.
Este ponto de partida, parece um daqueles tiros do juiz, capaz de desclassificar o corredor dos 100 metros que salta da sua posição antes de ser dado o verdadeiro sinal de partida. Em Portugal, tradicional, convencional, dito Portugal verdadeiro, sempre se desclassificou quem não obedeceu ao tiro da pistola do juiz. Mais, o juiz é que sabe quem pode ou não pode saltar e se saltou antes ou depois e se pode ou não pode ganhar, ou não fosse este o único, o autêntico, o verdadeiro alfobre dos juízes.

Pois, pois, mas o juiz não tem força para dominar esta classe de mosqueteiros. Nem estando eles sediados no Norte. Óbvio, há aqui um jogo de sinais entre a Praça dos Leões (U.P.) e a Rua do Campo Alegre, 823 (INEB, IBMC, IPATIMUP).
O actual reitor da UP, Marques dos Santos, não é um reitor como os outros. É um empreendedor de direcções, presidências e reitorias e assume-se como um dos «cabeças» de um Norte que mais tarde ou mais cedo vai ter de emergir como região, com Jardim ou sem Jardim, com César ou sem César, mas seguramente com Quintanilha, Barbosa, Simões e também Marques dos Santos.

Há aqui um factor crítico neste discurso que contraria a procissão dos reitores na orientação para o «deixa estar tudo como está, que sim senhor, assim é que está bem». Este enviesamento no sentido de incrementar a massa crítica é nitidamente o fazer deslizar a balança para deixar cair a mediocridade que se instalou na camada dirigente das escolas superiores portuguesas. E no entanto, como diria Galileu, eles não são todos iguais, pois não…

Para mim, Alexandre de seu nome, a escola responsável e sustentável é a base de um conceito que pode muito bem começar a ser considerado como «economia da escola superior responsável» e lanço esta TAG porque não suporto aquela ideia hipócrita e falaciosa da «excelência», é que o vocábulo não me entra na máquina de mastigação.
Assim faço eu a leitura, por exemplo da mais recente publicação de J.Cadima Ribeiro.
«http://universidadealternativa.blogspot.com/2007/10/manifestando-me_24.html»
É que não existe ninguém mais interessado do que as próprias universidades e outras escolas superiores e do que as pessoas que lá trabalham, em poder seguir jogando num terreno de jogo que esteja em bom estado, que o seu mundo seja sustentável e que as actividades que leva a cabo sejam responsáveis perante o seu povo.

E dentro desta nova forma de levar para diante o fazer educação superior também tem lugar a protagonismo, a criação do conselho geral visto como uma comissão de responsabilidade e governo efectivo no seio destas instituições.

Não me deixa cair os parentes na lama, opinar que o conselho geral e o governo da instituição possam estar presididos por uma pessoa independente com experiencia acreditada em responsabilidade empresarial. Se o homem da BIAL pode servir para encabeçar o I3S, do Porto, porque não?! ser alternativa a Marques dos Santos, por exemplo.

Quase todos entendemos, até os académicos mais incapazes, que deve ser encomendado a este conselho geral a proposta da estratégia geral e do governo da instituição, assessorar o reitor ou presidente sobre políticas de investimento relacionadas com índices de sustentabilidade e fundos de financiamento e assessorar sobre a actualização dos códigos de bom governo e manter a instituição com a cabeça fora da água sem ser por expediente de pedinchice.

Cá vamos, rumo à convergência de Lisboa


Ontem. em Bragança juntou-se uma gabela de altos cargos, entre eles ministros e ministras, com o primeiro-ministro do Estado para apresentar o novo plano de I&D, que chega no seu alcance até 2011. As linhas mestras do plano não são muito diferentes, muito distintas das que conhecemos até ao que (não) vigora actualmente, porém é uma boa nova que Bragança possa ser considerada como a cidade mais ajeitada para a apresentação deste plano. Já sabemos da importância dos símbolos, e este pode ser um sintomático símbolo do papel que pode jogar a nossa urbe menos industrial num Estado que tenta avançar nos gastos em I&D.


A Fundação IST (antes Fundacional Team, antes Fundação BCP, antes Fundação RTP) confirmou ontem a frontalidade da sua brilhante secção de análise com publicação do já clássico informe e-Portugal, o informe de referência na análise do desenvolvimento da Sociedade da Informação em Portugal. Os principais indicadores caminham em torno a perda de postos por parte do nosso Estado, numa perspectiva internacional, no desenvolvimento da Sociedade da Informação. Porém sabeis todos que cada qual fala da festa segundo lhe foi dado lugar nela, e nós hoje temos algo que festejar.

Esta Fundação, junto com a consultora Cap Gemini, levaram a cabo uma análise específica dos serviços de e-Governação na Administração Pública, seguindo os dois principais indicadores que emprega a Comissão Europeia: o nível de disponibilidade total de serviços online e o grau de sofisticação dos serviços públicos básicos. Dando de caras a tarefa de medir o nível de disponibilidade de serviços online tomam-se 26 serviços de referência (16 orientados para os cidadãos e 10 para as empresas). Para a nossa surpresa, porque ningúem me negará que é uma surpresa, a nível global e tendo em consideração a média total de disponibilidade de serviços por Região, Norte é a 5ª classificada, e não, neste caso não é mirando de baixo para cima. Mais curioso ainda é que se tomamos como referencia os 16 serviços orientados para os cidadãos chegam ao terceiro lugar do podium, só superados por Lisboa e por uma Madeira implicada numa profunda remodelação do seu Governo.

Sim, já não era sem tempo. Sabemos que, junto com o sector bancário, a e-Governação é um dos principais drivers de uso das TIC. Não é muito provável que os nortenhos e nortenhas que não estão conectados mudem a sua percepção da rede por mor da comunicação, do jogo, ou dos conteúdos para adultos. Porém, sabemos que aforrar tempo e trâmites burocráticos é uma das mostras mais directas que pode fazer a Administração das possibilidades das TIC, logo uma mostra muito clara da utilidade da mesma, e mudar a percepção social da rede é um objectivo crítico para coadquirir a idílica agenda de Lisboa. Mais, para Lisboa ainda quedam uns anos e hoje toca a dar os nossos (merecidos) parabéns a Dona Administração, porque para além de vestir bem e falar melhor é uma gaja porreira.

Nota Técnica:

Há aqui um linguarajar nortenho, agalegado, propositado no sentido do andar para trás que caracteriza o movimento da Região Norte deste imenso Portugal.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Revisitar as questões é preciso «QREN… formação… emprego»

Eu não sei qual é a agência de comunicação que presta serviços ao nosso bem amado PM. Só sei que é importante para o ‘snapshot’ (instantâneo) com que levo nos telejornais, tal qual acontece com o líder alternativo, passando-se o mesmo com a máquina que veste o FL e outros mitos do nosso diário.
Sejamos realistas: qualquer miúda do meu bairro, quando aparecia na missa ao domingo, levava um toque subtil de baton para que, mesmo sem o conseguir, pudesse dar um ar de mais bonita. Nada tenho contra esse acto de maquilhagem.
O Governo, reduzido ao PM e mais dez, enche-me de ideias futebolísticas, mas também de medos. Medo de que a seriedade, a moral, a ética, não faça parte dos procedimentos criteriosos com que o projecto esteja a ser pensado, discutido, construído para os anos maus que aí vêm. Quem já queimou as pestanas com umas dúzias de livros, sabe que tudo isto demora muito tempo a fazer.
Então e o País? Então e o amanhã?

Revisitei o QREN, através de dois sítios que possui na Internet:

http://www.qren.pt/

http://www.incentivos.qren.pt/

Foi lá que pude ler:
«Agenda Operacional para o Potencial Humano, que congrega o conjunto das intervenções visando a promoção das qualificações escolares e profissionais dos portugueses e a promoção do emprego e da inclusão social, bem como as condições para a valorização da igualdade de género e da cidadania plena. Esta Agenda integra as seguintes grandes vertentes de intervenção: Qualificação Inicial, Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida, Gestão e Aperfeiçoamento Profissional, Formação Avançada para a Competitividade, Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa, Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social e, ainda, a Promoção da Igualdade de Género.»

Para além deste «montão» de ‘Tags’ nada mais há, que seja visível, que nos indique para lá do cultivado segredo dos deuses sempre praticado no IEFP (em toda a administração pública) umas linhas de mapa ou de caminho sobre as luzes que iluminam estes toscos candeeiros.

Vou citar, mais ou menos livremente, o trabalho de Marisa Antunes, no ExpressoEmpregoOnLine do dia 19.10.07.

“A qualificação dos recursos humanos é a principal aposta do Governo subjacente às medidas de coesão económica e social para o período 2007-2013 e isso mesmo foi reforçado durante o maior evento europeu no domínio da política regional, que decorreu em Bruxelas na passada semana, que juntou 212 regiões de toda a Europa e cerca de 3000 especialistas e decisores nesta matéria.

Uma mão-de-obra pouco qualificada emperra o país e mina a competitividade económica, uma ‘fraqueza' que se pretende minimizar a médio prazo. “Uma das principais prioridades deste novo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) assenta numa aposta decidida na valorização de recursos humanos, cruzando, de uma forma que nunca se fez em Portugal a formação formal com a formação profissional. Ou seja, trazendo a formação profissional para dentro das escolas e levando o ensino secundário para dentro dos centros de formação profissional”, realçou Rui Nuno Baleiras, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, no evento ‘Open Days' onde durante quatro dias se analisou, em mais de 100 seminários e grupos de trabalho a nova geração de programas de política regional europeia com o tema-base ‘Making it happen: regions deliver growth and jobs'.

António Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), especificou as necessidades de recursos humanos para esta região: “Precisamos de mais profissionais nas áreas das telecomunicações, «software», biotecnologia e nas tecnologias de informação em geral, e ainda no turismo”. Lembrando que a área da grande Lisboa é a mais qualificada do país, o presidente da CCDRLVT, que liderou um dos grupos de trabalho do ‘Open Days', salientou, no entanto, que a região perde nas comparações europeias.

Existem cerca de 145 mil quadros superiores na área metropolitana de Lisboa num total de 458, 800, enquanto que a proporção dos profissionais de nível intermédio ronda os 155 mil para 423.200 existentes em todo o país. Fonseca Ferreira salientou ainda a importância de um reforço no domínio da I&D e do conhecimento. A este nível, a região de Lisboa atinge valores significativos no panorama nacional (ultrapassando a barreira de 1% do PIB) e absorve 60% do total de recursos nacionais de I&D, empregando cerca de 13 mil pessoas, mas está ainda longe de cidades como Varsóvia, por exemplo.”

Volto à escrita própria:
Comentava hoje no Universidade Alternativa, desabafava com um homem que não tendo nascido no Norte olha para esta região com tecnicismo e muito sentimento, com tudo o que está para lá das folhas de Excel; dizia eu que desde 31 de Janeiro de 1891 instalaram um plano inclinado neste imenso Portugal. Não é preciso ter feito doutoramento em melhoramentos rurais para se perceber o que vai ser a Agenda Operacional para o Potencial Humano, menos ainda para perceber como vão ser oleados os mecanismos de avaliação/aprovação das candidaturas.

Ainda agora é de manhã e por isso podemos continuar…

Existe um «site» anunciado com pompa e circunstância tal como está instituído neste imenso Portugal dos anúncios:

http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/index.jsp

Como tenho a certeza de que os meus raros e ‘maus’ leitores não se dão à minudência de se registarem como desempregados eu cedo o meu Login: ddugehe + Password: ihkegeh
Vá lá, dêem uma voltinha, procurem a Oferta de Emprego…
Engenheiros, Mecânicos, Especialistas, …
Ides cair de cu! Protejam-se.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Anunciar novo espaço de comunicação


Abrimos mais uma área para comunicar, divulgar, disseminar, trocar ideias e aprendizagens com algum estreitar de tópicos e um funil de propósitos.

Qualquer um(a) que queira ser EDITOR(A) nesse projecto só tem que dizer de sua justiça, porque a porta, essa está aberta, incondicionalmente!

http://ontologias.wordpress.com/

Boa viagem e boa visita.