Revisitar as questões é preciso «QREN… formação… emprego»
Eu não sei qual é a agência de comunicação que presta serviços ao nosso bem amado PM. Só sei que é importante para o ‘snapshot’ (instantâneo) com que levo nos telejornais, tal qual acontece com o líder alternativo, passando-se o mesmo com a máquina que veste o FL e outros mitos do nosso diário.
Sejamos realistas: qualquer miúda do meu bairro, quando aparecia na missa ao domingo, levava um toque subtil de baton para que, mesmo sem o conseguir, pudesse dar um ar de mais bonita. Nada tenho contra esse acto de maquilhagem.
O Governo, reduzido ao PM e mais dez, enche-me de ideias futebolísticas, mas também de medos. Medo de que a seriedade, a moral, a ética, não faça parte dos procedimentos criteriosos com que o projecto esteja a ser pensado, discutido, construído para os anos maus que aí vêm. Quem já queimou as pestanas com umas dúzias de livros, sabe que tudo isto demora muito tempo a fazer.
Então e o País? Então e o amanhã?
Revisitei o QREN, através de dois sítios que possui na Internet:
http://www.qren.pt/
http://www.incentivos.qren.pt/
Foi lá que pude ler:
«Agenda Operacional para o Potencial Humano, que congrega o conjunto das intervenções visando a promoção das qualificações escolares e profissionais dos portugueses e a promoção do emprego e da inclusão social, bem como as condições para a valorização da igualdade de género e da cidadania plena. Esta Agenda integra as seguintes grandes vertentes de intervenção: Qualificação Inicial, Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida, Gestão e Aperfeiçoamento Profissional, Formação Avançada para a Competitividade, Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa, Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social e, ainda, a Promoção da Igualdade de Género.»
Para além deste «montão» de ‘Tags’ nada mais há, que seja visível, que nos indique para lá do cultivado segredo dos deuses sempre praticado no IEFP (em toda a administração pública) umas linhas de mapa ou de caminho sobre as luzes que iluminam estes toscos candeeiros.
Vou citar, mais ou menos livremente, o trabalho de Marisa Antunes, no ExpressoEmpregoOnLine do dia 19.10.07.
“A qualificação dos recursos humanos é a principal aposta do Governo subjacente às medidas de coesão económica e social para o período 2007-2013 e isso mesmo foi reforçado durante o maior evento europeu no domínio da política regional, que decorreu em Bruxelas na passada semana, que juntou 212 regiões de toda a Europa e cerca de 3000 especialistas e decisores nesta matéria.
Uma mão-de-obra pouco qualificada emperra o país e mina a competitividade económica, uma ‘fraqueza' que se pretende minimizar a médio prazo. “Uma das principais prioridades deste novo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) assenta numa aposta decidida na valorização de recursos humanos, cruzando, de uma forma que nunca se fez em Portugal a formação formal com a formação profissional. Ou seja, trazendo a formação profissional para dentro das escolas e levando o ensino secundário para dentro dos centros de formação profissional”, realçou Rui Nuno Baleiras, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, no evento ‘Open Days' onde durante quatro dias se analisou, em mais de 100 seminários e grupos de trabalho a nova geração de programas de política regional europeia com o tema-base ‘Making it happen: regions deliver growth and jobs'.
António Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), especificou as necessidades de recursos humanos para esta região: “Precisamos de mais profissionais nas áreas das telecomunicações, «software», biotecnologia e nas tecnologias de informação em geral, e ainda no turismo”. Lembrando que a área da grande Lisboa é a mais qualificada do país, o presidente da CCDRLVT, que liderou um dos grupos de trabalho do ‘Open Days', salientou, no entanto, que a região perde nas comparações europeias.
Existem cerca de 145 mil quadros superiores na área metropolitana de Lisboa num total de 458, 800, enquanto que a proporção dos profissionais de nível intermédio ronda os 155 mil para 423.200 existentes em todo o país. Fonseca Ferreira salientou ainda a importância de um reforço no domínio da I&D e do conhecimento. A este nível, a região de Lisboa atinge valores significativos no panorama nacional (ultrapassando a barreira de 1% do PIB) e absorve 60% do total de recursos nacionais de I&D, empregando cerca de 13 mil pessoas, mas está ainda longe de cidades como Varsóvia, por exemplo.”
Volto à escrita própria:
Comentava hoje no Universidade Alternativa, desabafava com um homem que não tendo nascido no Norte olha para esta região com tecnicismo e muito sentimento, com tudo o que está para lá das folhas de Excel; dizia eu que desde 31 de Janeiro de 1891 instalaram um plano inclinado neste imenso Portugal. Não é preciso ter feito doutoramento em melhoramentos rurais para se perceber o que vai ser a Agenda Operacional para o Potencial Humano, menos ainda para perceber como vão ser oleados os mecanismos de avaliação/aprovação das candidaturas.
Ainda agora é de manhã e por isso podemos continuar…
Existe um «site» anunciado com pompa e circunstância tal como está instituído neste imenso Portugal dos anúncios:
http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/index.jsp
Como tenho a certeza de que os meus raros e ‘maus’ leitores não se dão à minudência de se registarem como desempregados eu cedo o meu Login: ddugehe + Password: ihkegeh
Vá lá, dêem uma voltinha, procurem a Oferta de Emprego…
Engenheiros, Mecânicos, Especialistas, …
Ides cair de cu! Protejam-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário