quinta-feira, 24 de abril de 2008

oh! Portugal, Portugal, de que é que estás à espera…


Regina Nabais e o seu combativo Polikê, coloca-nos a todos, aos da educação superior (patamar de cima) e aos da educação superior (patamar de baixo), 11 questões sobre o momento dos politécnicos, cada uma delas a merecer justificada inquietação, quanto mais não seja pela ausência de preocupação por parte da generalidade dos sábios deste país.
Tenho a desdita e a má sorte de gostar das canções do Jorge Palma. Mais ainda, daquele refrão em que ele canta: - oh! Portugal, Portugal, de que é que estás à espera…
Todas estas minúsculas políticas à portuguesa me merecem um profundo e sentido desprezo. Quem manda as bocas, esconde-se! Quem diz que não, não se explica! Quem maneja títeres e bonecos de trapos, olha para o resto do maralhal com aqueles óculos à rica, como quem diz: - Embrulha!
A esse(s) respondo com aquele gesto tão ao gosto do Zé Povo.

Pela minha parte, não fujo ao combate.
Sou defensor da solução aveirense, no respectivo contexto regional, onde as ideias e a estratégia de Júlio Pedrosa, procuraram criar escolas pequenas em aldeias industriais, tendo como esqueleto de serviços e recursos uma organização própria de âmbito mais amplo.
Mas isso não me impede de dizer que o Politécnico de Lisboa possui background q.b. para se tornar numa grande escola modelo do que pode ser um politécnico orientado para a indústria pura e dura. Nada disso impediria que este politécnico da cidade grande tivesse escolas filiadas, fossem elas em Santarém ou em Setúbal.
Quem, por distracção ou outra motivação, tenha vindo a seguir o percurso do politécnico de Leiria, percebe que esta escola não é exactamente igual às outras.

Aquilo que me tira do sério e me faz dizer impropérios e chamar nomes a pessoas bem vestidas e bem cheirosas que são DONOS da educação superior, é este irritante e continuado “mandar bitaites” do cimo da burra, sem dar a oportunidade às respectivas comunidades de discutir o seu destino, desenhar as suas estratégias e planos de sobrevivência e ser capaz de debater com essas mesmas comunidades numa postura digna e de Estado.


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