quinta-feira, 24 de abril de 2008

Será que as empresas sem Agenda, têm futuro?

Nem sequer estou hoje particularmente bem disposto. Passei por uma das empresas onde facturo boa parte do meu salário médio e vi uma página A4 pendurada por cima do relógio de ponto das instalações fabris. Dizia por lá, que o José Gonçalves iria substituir António Castanheira e que a sua função principal seria a de organizar a produção.
Estamos a falar de um universo povoado por 300 pessoas. Sector industrial: construção metálica. Quadros superiores e intermédios na ordem de 10% do pessoal.
Falei com Gonçalves, desejei-lhe boas vindas, perguntei coisas sobre o trajecto profissional & etc. coisa e tal. Fiquei pensativo, a tentar perceber que raio de ideia era aquela, a do «dono», administrador de empresa, ir buscar um “encarregado” a uma empresa concorrente mais pequena e trazer o «nosso homem» para – diz no papel – organizar a produção.

Fiquei curioso, desejoso de assaltar o carro deste administrador de empresa e perscrutar a agenda, a sua agenda, onde ele seguramente anota o futuro da sua empresa, pior do que isso, o futuro daquelas 300 pessoas.

Desanimado, dei meia volta e vim sentar-me numa esplanada junto à praia de Francelos. Voltei a ligar o HP/Compaq e regressei ao texto da Regina sobre o futuro dos Politécnicos.

Imaginei o carro do administrador da nossa Educação Superior. Lucubrei modos de lhe assaltar a agenda.
Vieram-me à memória as últimas folhas A4 que Zé Mariano mandou afixar junto aos relógios de ponto de universidades e politécnicos.

Como será a agenda de Zé Mariano?

Como será o futuro de milhares de pessoas que fazem da educação superior o seu modo de vida?

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