Será que as empresas sem Agenda, têm futuro?
Nem sequer estou hoje particularmente bem disposto. Passei por uma das empresas onde facturo boa parte do meu salário médio e vi uma página A4 pendurada por cima do relógio de ponto das instalações fabris. Dizia por lá, que o José Gonçalves iria substituir António Castanheira e que a sua função principal seria a de organizar a produção.
Estamos a falar de um universo povoado por 300 pessoas. Sector industrial: construção metálica. Quadros superiores e intermédios na ordem de 10% do pessoal.
Falei com Gonçalves, desejei-lhe boas vindas, perguntei coisas sobre o trajecto profissional & etc. coisa e tal. Fiquei pensativo, a tentar perceber que raio de ideia era aquela, a do «dono», administrador de empresa, ir buscar um “encarregado” a uma empresa concorrente mais pequena e trazer o «nosso homem» para – diz no papel – organizar a produção.
Fiquei curioso, desejoso de assaltar o carro deste administrador de empresa e perscrutar a agenda, a sua agenda, onde ele seguramente anota o futuro da sua empresa, pior do que isso, o futuro daquelas 300 pessoas.
Desanimado, dei meia volta e vim sentar-me numa esplanada junto à praia de Francelos. Voltei a ligar o HP/Compaq e regressei ao texto da Regina sobre o futuro dos Politécnicos.
Imaginei o carro do administrador da nossa Educação Superior. Lucubrei modos de lhe assaltar a agenda.
Vieram-me à memória as últimas folhas A4 que Zé Mariano mandou afixar junto aos relógios de ponto de universidades e politécnicos.
Como será a agenda de Zé Mariano?
Como será o futuro de milhares de pessoas que fazem da educação superior o seu modo de vida?
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