terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Equívocos da avaliação das pessoas na coisa pública

A introdução na administração pública portuguesa da avaliação do desempenho organizacional constitui, só por si, um enorme desafio técnico, mas também exige redobradas capacidades de gestão dos dirigentes. Não esquecer, eles mesmo, dirigentes superiores e intermédios, objecto de avaliação do seu desempenho.
O compromisso e a responsabilidade que este novo sistema acarreta para todos os dirigentes e quadros técnicos imprimem uma importância decisiva a iniciativas que se proponham dar a conhecer o novo sistema de avaliação e a capacitar os seus participantes para o implementar e gerir com êxito.

Portanto, um dia destes, é capaz de ser preciso…

· Reconhecer e explicar a necessidade da avaliação do desempenho dos serviços públicos, das suas unidades e dos seus colaboradores;
· Integrar a avaliação do desempenho no processo de planeamento e gestão de uma organização pública;
· Saber em que consiste e como funciona a avaliação e a gestão por objectivos e competências;
· Conhecer os critérios para a formulação de indicadores de medida tangíveis e intangíveis e ser capaz de os formular em função da situação concreta do desempenho;
· Saber quais são as principais regras para desenhar e implementar um sistema de medida de desempenho, de forma a contornar as suas eventuais aramanhas;
· Compreender a lógica integrada do sistema de avaliação;
Isto, digo eu, que penso pouco e mal.


«Considerem quão semelhante é um fogo de outro fogo.Mas reparem quão opostas em natureza são todas as noites escuras do fogo.». Parménides (Poema Filosófico 475 a. C)


«...a natureza é sempre a mesma, e sempre única e igual em eficácia e poder de acção; i.e., a ordem e as leis da natureza, dentro de todas as passagens e mudanças de uma forma para outra, é em todo lugar sempre a mesma; sendo assim, deveria existir um método único para compreender a natureza de todas as coisas, ou seja, através das leis e regras universais da natureza.»

Espinosa (Ética, parte III)

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