Há coisas novas no mundo da educação
E-Portfolios é um conceito que faz crescer água na boca por várias razões. Inclusive, já fiz parte de um grupo que, ingenuamente, se juntou durante 50 horas para discutir o tema, trabalhar em comunidade de práticas através da plataforma de eLearning da U.A., etc.etc.etc. Apesar de todo esse voluntarismo, hoje, não estou assim tão certo se uma só denominação abarca o conceito numa perspectiva de «partilhado» e se é possível analisar todos os tipos de ePortfolio como instâncias de um conceito único. No meu modo de ver, o portfolio elaborado por um estudante (escola/universidade) com a finalidade de servir o seu trabalho de reflexão é muito diferente do portfolio que (eventualmente) servirá como justificação da avaliação a que vai ser sujeito ou daquele que se aplica num contexto de empregabilidade.
Esta introdução vem a propósito de entusiasmos vários que me chegaram de quem foi ver uma coisa meio profissional meio educacional (será que a educação não deve ser hiper-super-profissional?!), realizada a semana passada em Maastricht: ‘for the Human Capital & Social Innovation Summit’ (HCSIT 07).
Moderemos estes meus ‘impulsos’ e lembremo-nos que alguns países do Tratado de Lisboa, não têm estrategas da Educação; num caso conhecido tem gestora de portáteis e agrupamentos escolares e noutro caso o responsável pela educação superior é um mero administrador de laboratórios do Estado. Tudo isto, porque também me transmitiram alguma surpresa germânica pelo facto dos holandeses (fazem parte do Tratado de Lisboa) terem já introduzido no seu sistema de educação superior ‘innovative employability solutions’, que passam por um esforço organizado no sentido de ajudar os estudantes a construir competências, tendo em mente as suas próprias metas, trabalhando com a incerteza, lidando com a interacção social dentro de um contexto de projecto, etc.etc.etc.
Vamos esperar que as coisas mudem, pois claro e manter uma crença firme de que os estudantes vão todos arranjar um emprego no final dos seus bacharelados estudos.
Para contrariar o desânimo, deixo-vos duas prendas:
Uma, porque as pessoas da ciência devem ler todos os dias, tratam-se de documentos recentes ‘TENCompetence’ que servem de espicaço em tempo de chuva e frio que se avizinha.
Duas, porque as pessoas cultas ouvem GERSHWIN. O apontador está direccionado para a parte II (a primeira parte foi dedicada directamente a uma amiga minha) e creiam que a interpretação de Bernstein é linda!
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