quinta-feira, 6 de setembro de 2007

À volta do “Survival – Failure – Drop-Out” e outros conceitos que por aí esvoaçam.



Um documento recente da OCDE, “Education at a glance 2006”, faz destacar que: ‘tertiary level drop-out and survival rates can be useful indicators of the internal efficiency of tertiary education systems’

pelo que, me tenho interrogado noite e dia sobre a inquietação em que viverão reitores e presidentes das instituições públicas da educação superior a lucubrar com as suas «equipas», estratégias, planos e projectos, que façam com que as suas entidades evidenciem indicadores neste âmbito, próximos da «fada má» de seu nome Instituto Superior Técnico.

Uma olhada superficial (mais ou menos umas quantas horas) deram para perceber que, OCES e GPEARI, gente do nosso MCTES que prima pela criatividade, muito na base da metodologia adoptada pela OCDE, calcula o indicador correspondente ao conceito ‘survival rate’ obtendo o rácio entre os graduados num determinado ano académico e o número de estudantes inscritos nesse ano pela primeira vez, n-1 anos antes; considerando n como sendo a duração normal do curso.

Em 2005, o I.S.T. apresentava assim a sua justa vaidade, tal como está expresso no documento INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO - A School of the 21st Century: “Application of IST for CLUSTER”; Barcelona, February 2005

Pelas minhas contas (atendendo a que tenho andado em boas escolas públicas), a taxa de insucesso na Educação Superior é qualquer coisa mais baixa do que o mesmo indicador calculado para a Educação Inferior. Pudera, pelo menos os alunos que estudam no nível mais elevado saberão ler e escrever.

Uma das coisas interessantes que as equipas dirigentes da educação superior poderiam fazer em cada uma das instituições, para cada um dos cursos, era calcular este indicador ‘failure rate’ ou ‘drop-out’ e afixar a sua meta, objectivo, política, plano, projectos, responsáveis, etc.etc.etc.

A não ser... que lhes saiba bem, ter lá os estudantes 2 x n anos, agora que o financiamento até vai dar um jeitaço, é que essa coisa das prescrições é boa mas é para o caixote do lixo.

«fui eu que disse»

2 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Alex,
E desde quando é que o "Ténico" é uma universidade???!!!
Quando muito a partir das 20.00 será uma "Universidade da vida" para muitas damas desta vida, mas, até mais ver, ainda faz parte da Universidade Técnica de Lisboa, juntamente com o ISEG, o ISA, o ISCSP, a FMV, a FMH e Arquitectura.
E quanto a "metodologias" e "rigor cientifico", estamos conversados ...
Abraço,

Alexandre Sousa disse...

Não sejas mau!
Eu só disse que era a «fada má».

Bons olhos te vejam.

1 abr