domingo, 12 de outubro de 2008

reinvent what is not invented




Por força das circunstâncias, o meu actual projecto de vida – também pode ser, modo de vida – é de uma ironia feérica. Tem a ver com a gestão estratégica de um projecto de grande dimensão para um país com a nossa cultura empresarial e de governação pública.
Qualquer um de nós pode fomentar junto da opinião pública a propensão para o envolvimento em grandes projectos: Aqueduto das Águas Livres; Convento de Mafra; Mosteiro dos Jerónimos ou da Batalha, and so on, se e este se é catastrófico na actualidade, existir um movimento forte de investidores e resmas e resmas de dinheiro fresco que se queira imolar na vertigem do ganho fácil.
A gestão estratégica de qualquer projecto inclui uma rubrica que o meu povo enunciaria como: « massa», onde está a massa? Quanta massa vai ser precisa? Quem vai trazer a massa? Quando é que eles põem aqui a massa?
A todas estas interrogações, os mesmos de sempre aos costumes dizem nada.

O financiamento das universidades públicas no outro país da Ibéria é dividido, grosso modo, por 80% de dinheiro do Estado e 20% proveniente dos fundos regionais ou seja autonómicos. A primeira nega e que é bastante séria surgiu um destes dias, da parte do Governo da capital do império e assustou o pessoal de seis (6) universidades públicas de Madrid, onde a plataforma de financiamento é ao contrário do formato acima enunciado: «75% provem do governo regional, 15% das matrículas e o restante é apanhado ao Estado e a alguns investidores privados. A Politécnica é um caso excepcional. Pelo seu carácter, aproximadamente um terço do seu orçamento provem de financiamento externo.
La presidenta de la Comunidad, Esperanza Aguirre, resolveu testar a capacidade de indignação dos reitores e mandou um bitaite à boca de cena anunciando o corte de 30% nos valores da «massa» que estava acordada para financiamento da educação superior.
Os jornais locais, ditos «à esquerda» espremem o tema, embora sem grande retorno por parte del pueblo de la calle.
Os jornais locais, ditos «à direita» ignoram o tema, sabendo que este, não tem grande retorno por parte del pueblo de la calle.
Mais a sul, na Comunidad Valenciana, o reitor da Universitat de Valencia, apareceu publicamente a protestar contra o inesperado cancelamento do modelo de financiamento universitário, que o Conselho Autonómico mandou escrever no anteprojecto da lei de acompanhamento dos orçamentos. No discurso de abertura do ano, disse o reitor Tomás, alto e bom som: "El nuevo plan de financiación deberá ser consensuado y negociado con las universidades, como lo fue el que ha concluido. De ninguna manera puede ser impuesto".
Olhando para o Norte, para a minha sacrificada Galiza, Fonseca no está triste y sola sino necesitada. Con una deuda de más de 38 millones de euros y unos fondos de la Xunta que no le dan ni para cubrir los gastos ordinarios, la Universidad de Santiago encara uno de los cursos más difíciles de su historia. La falta de dinero ha obligado al Rectorado a retrasar sus grandes proyectos y a plantearse la renuncia a millonarias ayudas europeas que consiguió compitiendo con instituciones de todo el continente. Las aulas y los laboratorios donde se realizan investigaciones punteras se han quedado varadas en el siglo pasado.

Em França, au Partie Socialiste en appelle à "un nouveau réalisme de gauche (...) en rupture nette avec la ligne actuelle du PS". Il réclame "la suspension du pacte de stabilité pour permettre la relance de l'économie européenne", mais aussi "la mise en place de restrictions européennes au libre-échange".

Como diria o meu antigo mestre, Igor Alexander: Reinventing Man.
Et voilá!

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