Quanto vale a camisola vestida
Dúvida que me assalta, nos dias que correm.
Vamos a um grande "supônhamos".
Existem duas pessoas, com competências idênticas, a trabalhar na mesma empresa.
Uma tem a camisola vestida, outra nem por isso.
Em termos de remuneração e percentualmente falando, quanto vale (se é que vale alguma coisa) uma camisola vestida?
É quantificável?
Não sei, tenho dúvidas. Já alguém se debruçou sobre isto, sem cair?
«Texto de M.ª João Nogueira»
Este texto da M.ª João merece referência bibliográfica porque me traz à memória horas passadas na IBM, HP e APPLE, em que o pretexto não era a camisola, mas sim a gravata.
Façamos força na agulha para que passe o nosso «comboio» e suponhamos que esta é uma questão que encaixa no «nosso mundo» da educação superior.
Vou recuperar Vasco Eiriz no seu blog “Empreender” mais o texto:
Desmotivados, desinteressados, talvez resignados e ainda por cima com medo
«Ao que parece, de acordo com Jaime Rocha Gomes, Prálem d' Azurém é isto que se passa: «verifica-se que os docentes do Ensino Superior estão desmotivados, desinteressados e talvez resignados com o que vierem a ser os novos estatutos, sejam eles quais forem.» Bem vistas as coisas, julgo que também é isto que ocorre Prálem de Gualtar e noutras instituições de ensino superior por esse país fora. Num outro registo, J.Cadima Ribeiro afirma, entre outras constatações, que nas «reuniões dos órgãos académicos herdados do anterior ordenamento jurídico, a grande maioria dos professores universitários mantenha um silêncio estrondoso em relação a tudo que tenha menos natureza de gestão corrente, porque têm medo.»
É importante notar que quem assim escreve não são assistentes desmotivados, professores auxiliares a abater, ou professores associados desagregados. São professores catedráticos que conhecem os meandros do sector com que convivem há décadas e que atingiram o topo da sua carreira. Como muitos outros - talvez a maioria - poderiam estar sossegados no seu canto. Mas não. E se escrevem assim é porque algo de muito mal vai no ensino superior.»
E aqui, tal qual agulheiro do céu regresso ao blog da M.ª João.
Éh! pá!!!
Os profs catedráticos, certificados & coisa e tal, gente que pertence ao topo do quadro desta coisa da educação superior, não almejam muito mais do que trocar de carro aí aos 200 000 Kms. Parte deles até nem sonha com veleiros porque enjoam nas ondas do mar alto. Tirando umas viagens aos hipermercados do Lidl ou FeiraNova, vivem ensimesmados nos seus papéis e nos mails que vão trocando em circuito fechado, silenciosamente.
Imagino que nem a «camisola» trocam nem tal coisa lhes seria capaz de passar pela carola.
Interrogo-me com severidade: - Será que ganha o Reino dos Céus aquele que mais suor transpirar, afogueado por tamanha camisola que traz vestida?
Moral da história:
- Ele há empregos e trabalhos onde a camisola é só uma T-shirt caveada.
Quem tiver frio que se avinhe, que se abife e que se abafe. Por sinal, parece que a maioria até já vive «abafada».
Já estou em Hamburgo, meu povo!
Chove a potes, cães e gatos.
A propósito, vou procurar chegar a Pedras Rubras, pelo menos com camisola azul & branca.
Será que posso???
3 comentários:
Olá Alexandre,
Seja bem vontado, mesmo que como um «oued», só temporariamente!
Por mim, não há o que me faça trocar a cor VERDE (e então, desde anteontem... ) das minhas camisolas - inovações texteis, sempre climatizadas, em acordo com as mudanças climáticas.
Claro que pode, AS. Como eu agora sou só da Académica (pelo menos depois do tri de Lisboa), já não tenho problemas com a cor, 8-). Um abraço
Olá Alexandre, Bom regresso ... este post das camisolas, dava "pano para mangas" (se forem camisolas sem mangas, of course!), contribundo para reflexões que deveriam ser feitas por quem é de direito....
Uma boa semana, RS.
Enviar um comentário