Podia ter sido uma grande notícia…
Podia ter sido um bom pretexto para discutir, debater, criticar, tanto, tanto que deve ser mudado na nossa educação superior.
“No próximo ano lectivo todas as licenciaturas e mestrados da Universidade Aberta (www.Univ-Ab.pt) serão ministrados «online», permitindo aos alunos obter a sua formação sem sair de casa. Esta instituição, desde sempre ligada ao ensino à distância, tem actualmente todos os seus mestrados, e cinco das suas 20 licenciaturas, a funcionar neste sistema, mas a meta é tornar-se totalmente virtual.
Para Carlos Reis, reitor da Univ.Ab, o «e-learning» constitui uma possibilidade de ensino com enormes potencialidades. E a universidade que lidera está decidida a tirar o melhor partido destas vantagens geradas pelas tecnologias de informação e comunicação. Para possibilitar esta aposta, os docentes e funcionários da universidade estão a receber formação para trabalhar «online».
O processo é simples. Aos alunos é fornecida uma chave que permite o acesso a uma plataforma onde consta o seu curso e as disciplinas específicas que o integram. A partir daqui, o aluno desenvolve as actividades contempladas no currículo, sempre orientado pelo professor e em interacção com a turma, que não excede os 25 alunos.
De acordo com o reitor, “as turmas não podem ser muito grandes porque a interacção é mais activa e frequente do que a presencial e os professores têm de estar sempre presentes”. Este sistema de ensino, apesar de virtual, é bastante rigoroso. A par com a realização de trabalhos «online» e todas as outras tarefas associadas a um processo de avaliação contínua, os alunos são sujeitos a provas presenciais que servem para reforçar os trabalhos realizados «online».
Actualmente, são 15 os mestrados leccionados pela UA neste sistema. Nesta fase, apenas cinco licenciaturas estão adaptadas ao mundo virtual. Só a partir do próximo ano lectivo a UA adaptará todos os seus cursos ao ensino «online». A meta é que daqui a 3 anos, a universidade funcione totalmente no universo virtual. Carlos Reis faz um balanço positivo desta aposta, salientando que “quer os professores quer os alunos mostram uma enorme apetência a este sistema de aprendizagem”.
Trazemos este assunto para o centro da mesa porque fomos participantes activos de diferentes experiências cumulativas, no movimento do e-Learning, ao longo do tempo, desde a criação deste modo de educar/ensinar/formar.
As últimas iniciativas a que demos peito focaram o modo “blended” de entregar as lições, distribuindo conteúdos, interacções, cooperações via plataforma on-line e dedicando todo o sábado ao longo de 36 semanas para o contacto pessoal aluno-professor. Não só, o modo de entrega das lições presenciais abrangia a participação de mais do que um professor em cada sessão e beneficiava de suporte técnico activo que não está ao dispor da esmagadora maioria dos professores da educação superior.
Foi apenas um exercício laboratorial de prova em como é possível, fazer coisas com valor acrescentado, com permanente e crescente interesse por parte dos alunos, etc.etc.etc.
Ou seja, conscientemente atrevo-me a dizer que o e-Learning é não só possível, válido, mas também irreversível. Não é fácil; tudo menos isso. E-Learning é muito exigente em termos técnicos mas sobretudo organizacionais. Não se compadece com aquela estafada metáfora de pseudo-liberdade do mestre que ensina «à-vol-d’oiseau» consoante a manhã está de feição, ou debita umas tretas, se a tarde dá mais para a sonolência.
Das experiências de que nos servimos para saber mais, pagamos do nosso bolso a um dos filhos, a inscrição no curso Master of Science in Science and Society da Open University (http://www3.open.ac.uk/courses/bin/p12.dll?Q01F48) , para que pudéssemos, pai e filha, seguindo um mestrado à distância – coisas com interesse mútuo, beneficiar da possibilidade de dizer: «sei do que estou a falar….»
O curso foi muito violento para os padrões (brandíssimos) a que estamos habituados. Todos os dias, o programa exigia leituras, visualizações, comentários, respostas a solicitações, com uma carga física e mental, que reputo de algum exagero. Sobretudo, se olharmos os requisitos como efectivamente para serem cumpridos.
A máquina que a Open University mantinha on-line era tremenda, não só pelo número de monitores, animadores, desinquietadores, mas sobretudo pela incessante chamada à linha de tudo quanto estava inscrito no curso.
“No próximo ano lectivo todas as licenciaturas e mestrados da Universidade Aberta (www.Univ-Ab.pt) serão ministrados «online», permitindo aos alunos obter a sua formação sem sair de casa. Esta instituição, desde sempre ligada ao ensino à distância, tem actualmente todos os seus mestrados, e cinco das suas 20 licenciaturas, a funcionar neste sistema, mas a meta é tornar-se totalmente virtual.
Para Carlos Reis, reitor da Univ.Ab, o «e-learning» constitui uma possibilidade de ensino com enormes potencialidades. E a universidade que lidera está decidida a tirar o melhor partido destas vantagens geradas pelas tecnologias de informação e comunicação. Para possibilitar esta aposta, os docentes e funcionários da universidade estão a receber formação para trabalhar «online».
O processo é simples. Aos alunos é fornecida uma chave que permite o acesso a uma plataforma onde consta o seu curso e as disciplinas específicas que o integram. A partir daqui, o aluno desenvolve as actividades contempladas no currículo, sempre orientado pelo professor e em interacção com a turma, que não excede os 25 alunos.
De acordo com o reitor, “as turmas não podem ser muito grandes porque a interacção é mais activa e frequente do que a presencial e os professores têm de estar sempre presentes”. Este sistema de ensino, apesar de virtual, é bastante rigoroso. A par com a realização de trabalhos «online» e todas as outras tarefas associadas a um processo de avaliação contínua, os alunos são sujeitos a provas presenciais que servem para reforçar os trabalhos realizados «online».
Actualmente, são 15 os mestrados leccionados pela UA neste sistema. Nesta fase, apenas cinco licenciaturas estão adaptadas ao mundo virtual. Só a partir do próximo ano lectivo a UA adaptará todos os seus cursos ao ensino «online». A meta é que daqui a 3 anos, a universidade funcione totalmente no universo virtual. Carlos Reis faz um balanço positivo desta aposta, salientando que “quer os professores quer os alunos mostram uma enorme apetência a este sistema de aprendizagem”.
Trazemos este assunto para o centro da mesa porque fomos participantes activos de diferentes experiências cumulativas, no movimento do e-Learning, ao longo do tempo, desde a criação deste modo de educar/ensinar/formar.
As últimas iniciativas a que demos peito focaram o modo “blended” de entregar as lições, distribuindo conteúdos, interacções, cooperações via plataforma on-line e dedicando todo o sábado ao longo de 36 semanas para o contacto pessoal aluno-professor. Não só, o modo de entrega das lições presenciais abrangia a participação de mais do que um professor em cada sessão e beneficiava de suporte técnico activo que não está ao dispor da esmagadora maioria dos professores da educação superior.
Foi apenas um exercício laboratorial de prova em como é possível, fazer coisas com valor acrescentado, com permanente e crescente interesse por parte dos alunos, etc.etc.etc.
Ou seja, conscientemente atrevo-me a dizer que o e-Learning é não só possível, válido, mas também irreversível. Não é fácil; tudo menos isso. E-Learning é muito exigente em termos técnicos mas sobretudo organizacionais. Não se compadece com aquela estafada metáfora de pseudo-liberdade do mestre que ensina «à-vol-d’oiseau» consoante a manhã está de feição, ou debita umas tretas, se a tarde dá mais para a sonolência.
Das experiências de que nos servimos para saber mais, pagamos do nosso bolso a um dos filhos, a inscrição no curso Master of Science in Science and Society da Open University (http://www3.open.ac.uk/courses/bin/p12.dll?Q01F48) , para que pudéssemos, pai e filha, seguindo um mestrado à distância – coisas com interesse mútuo, beneficiar da possibilidade de dizer: «sei do que estou a falar….»
O curso foi muito violento para os padrões (brandíssimos) a que estamos habituados. Todos os dias, o programa exigia leituras, visualizações, comentários, respostas a solicitações, com uma carga física e mental, que reputo de algum exagero. Sobretudo, se olharmos os requisitos como efectivamente para serem cumpridos.
A máquina que a Open University mantinha on-line era tremenda, não só pelo número de monitores, animadores, desinquietadores, mas sobretudo pela incessante chamada à linha de tudo quanto estava inscrito no curso.
Aconselho vivamente, agora que temos novas (?!) equipas dirigentes nos rumos da nossa educação superior, a que os novos (?!) estrategas se tirem das suas tamanquinhas e vão até à feira, ver o que há de novo, sem se remeterem àquela parola situação tradicional, de que já viram tudo, em que só sábios, continuam a ser os mesmos dez!
1 comentário:
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