terça-feira, 16 de outubro de 2007

Chegou o Carteiro



Desde há 6 anos atrás, pertenço a um grupo que às vezes se reúne sob o guarda-chuva (sol) do INA para discutir avanços e paragens nesta coisa do eLearning, estado da arte da gestão de conteúdos, técnicas de trabalho cooperativo/colaborativo e outras tretas do género. Uma das coisas que sempre me dão imenso trabalho tem a ver com o flashback de tudo quanto se passou entre um encontro e outro uma vez que toda esta gente é pseudo-organizada troca mails sem conta mas como anda num corrupio entre um Pendolino e outro Pendolino deixa pontas e mais pontas na corda da roupa a secar.
Se alguém contasse, que ainda este fim-de-semana entre uma garrafa de Alvarinho e outra de Murganheira me entregaram 14 Gigabytes de materiais «meus» que tinha deixado num servidor algures neste imenso Portugal, Eu não acreditava. Google tem deixado emergir lentamente ferramentas que trabalham as...tags e as folksonomias mas tudo isto não existe ainda explicitamente. Não é por acaso que desatei num «choro» pungente sobre ontologias dos blogues. Todos os que por aqui nos mexemos perguntamos aos nossos «santos» qual é a melhor maneira de organizar os recursos disponíveis, dado o lapso de tempo ínfimo que demora a desenvolver novos conteúdos que nos submergem por todo o lado. É um campo de trabalho a que presto alguma atenção, procurando manter a ordem no modo como deixo pistas recuperáveis sobre o que está depositado nos meus contentores, procurando ser «inteligente» no processo de busca e fazendo manutenção periódica aos meus apontadores, como não sou Deus, só consigo algum êxito naquilo que terá mais ou menos dois anos de vida.
A questão séria é – foi sempre – como é que consigo ter mão nesta informação?!
Tal como vós, escrevo, edito, sou panfletário em meia dúzia de blogues; estou no Google, no WordPress, no Yahoo, na Microsoft,…;uso mais do que uma ajuda chamada «tagging services»; contribuo para não sei quantos sites da web, and so one,…
É impossivel administrar todos os recursos que andam por aqui na ponta dos dedos, vaidosamente criativos e sempre a dizer que não posso mais, tal qual canta o Abrunhosa. Solução?
Recentemente, tropecei com uma ferramenta que não tem ainda prospecto mas que aponta para saídas possíveis. Chama-se
LIJIT, podemos criar lá o nosso «profile», identificar URLs por onde vivemos, IDs que deixamos ficar por aqui e por ali, UserNames e Accounts conhecidas ou de que nos lembramos. Partindo desse ponto, Lijit faz um pouco o trabalho do robot e de uma penada só passa por sítios que sabemos ter lá deixado a impressão digital e conta-nos o que por lá houver acerca de nós.
Não é o último grito, falta uma coisa muito importante de que se queixam VM e AS em surdina: Que é feito dos nossos «comments»???
Mas enquanto o pau vai e vem, pode ser que o modelo Lijit, cresça e avance nesta nossa fome de abundância.

1 comentário:

Rosa Silvestre disse...

Olá Alexandre este texto está interessante e faz-nos reflectir como fazer para organizar e ter à mão informação de que já nem nos lembravámos que existia no sótão ou em caixas e caixinhas postas de lado naquele cantinho especial onde ninguém costuma ir mas que nós sabemos que existe .....ora isso nos tempos que correm torna-se difícil porque o tempo vai correndo mais depressa do que queríamos, mesmo sem TGV por perto, e o tempo para arrumações já passou à história, isso é que era bom, somente nos tempos da maria papoila ...quanto ao LIJIT, gostava de mais tarde ter tempo para o descobrir mas isso é outra conversa....dependendo da disponibilidade, of couse!