Faz bem regressar à sala de aula, sentado!

Foram sete horas, partidas em dois grandes bocados, com a fatia da tarde mais distribuída do que a da manhã.
Grandes destaques para a notada ausência nos bancos do auditório, dos meus colegas (famosos e não só) representativos do eduquês.
O padrão da assistência da manhã – técnica do cooperative learning – foi distinto do padrão da tarde. De manhã, estavam presentes os coleccionadores de eventos, enquanto à tarde, apareceu gente que tem de trabalhar em duas linhas ou eixos, que já deveriam estar a preocupar muito mais académicos do que acontece na actualidade.
Por académico, eu entendo o que trabalha na academia. Não sei se continuará a ser assim, por muito mais tempo ainda. Foi um pouco o que saltou do palco para a assistência, durante a sessão da tarde.
As minhas partners, traziam trabalho de casa: F trazia o draft de um mestrado na área do ambiente, enquanto C queria discutir o design de uma disciplina do curso de Matemática, nitidamente em crise de inscrições.
A minha presença na bancada justificava-se pela quantidade de questões colaterais ao processo de acreditação/certificação.
Felder & Brent trazem o trabalho muito bem desenhado, bem cronometrado, bem dividido. Quem aparecer nas sessões deste par de Professores, leva para casa uma cesta cheia de angústias. Nem pão de trigo, nem linguiça pr’a merenda! Talvez por isso, os respeitabilíssimos colegas do eduquês não se disponham a comprar por tuta e meia mais uma ulcera ou esquizofrenia caseira.
Trouxe de lá meia dúzia de ideias interessantes que, taxionomicamente, se podem dividir em dois grandes grupos:
(1) “Students, like professors, learn best what they teach”
(2) “Designing courses for outcomes-based education” vai ser um bico de obra para quem tiver de defrontar a AAAES

Eles que não estudem… eles que não se preparem… depois, chorem no ombro de reitores e presidentes.

A ver vamos como está conservada a fruta.