sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Confusão: PF não baralhar operações com estratégia


O dono deste blogue arrasta consigo uma teimosia antiga que prega por todo o lado onde existam pelo menos peixes, que consigam pôr a cabeça fora da água para ouvir a arenga e a moenga. Diz então a pregação, que a educação vai desde os 3 aos 88 anos e que o governante a quem for dado poder bastante, deve ser dono de toda essa linha sinuosa. Citando esse grande sábio, Sherlock Holmes: “Elementar meu caro Watson, elementar.”

Quisessem os sábios que enxameiam a educação superior do meu país, puxar um pouco mais pelas linhas de coser e ficaríamos com o vestuário feito em fanicos. A miudagem chega mal preparada, mal entusiasmada, descrente, cansada, a fugir aos pais para o deslumbramento da noite e qualquer coisa mais, que é a mágica da liberdade e mais nada.

A equipa da Lurdes, Walter & Associados tenta emergir de quando em quando do pântano em que tudo isto se besunta e aparece no ecrã mágico com uns spots razoavelmente gizados e susceptíveis de adormecerem os morcões, especialmente quando eles estão com o olhar mais semicerrado, a sonhar com as venturas dos 40 graus nos All Garbs.

Primeiro mostraram-nos os portáteis que vão ser distribuídos pelas Escolas;

Segundo mostraram-nos os quadros interactivos que vão ser instalados nasEscolas;

Terceiro mostraram-nos que vai haver uma plataforma de e-Learning disponível para o pessoal das Escolas;

Quarto falta o projecto;

Quinto falta o plano;

Sexto falta a formação das pessoas que vão fazer parte do projecto.

Plataforma de ensino on-line acessível a escolas

[18-06-2007]

O acesso a uma plataforma de ensino e aprendizagem em linha (on-line), designada Moodle, passou a ser possível para qualquer escola interessada, da rede pública do Ministério da Educação, com alunos do 5.º ao 12.º ano.

A Moodle permite criar espaços de apoio a disciplinas, projectos e outras actividades nas escolas, disponíveis em linha para qualquer utilizador com acesso à Internet.

Lançada em Julho de 2005, em colaboração com a Fundação para a Computação Científica Nacional, esta iniciativa pretende fomentar o aproveitamento das vantagens do ensino e aprendizagem em linha, através do uso generalizado da plataforma.

Atinge-se assim a fase da generalização de um projecto iniciado pela equipa de missão Computadores, Redes e Internet nas Escolas, cujos objectivos foram entretanto integrados na Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

Um dos resultados esperados desta generalização é um ambiente digital de trabalho capaz de sustentar a criação de campus virtuais nas escolas do ensino básico e secundário, em articulação com o objectivo do Programa Ligar Portugal (www.ligarportugal.pt).


Fonte: Ministério da Educação

3 comentários:

J. Cadima Ribeiro disse...

Caro Alexandre Sousa,
Com o calor que faz, não devia andar por aqui a enunciar falhas de estratégia ou de recursos e a levantar problemas difíceis. É o que eu acho. Pronto!
Não me leve a mal...
Um abraço,

Regina Nabais disse...

Olá Alexandre, penso que estes milagres de que nos fala, são só alíneas que vão sendo adicionadas, a esmo e a gosto, ao famosíssimo Plano Tecnológico. E parafraseando SH de que tanto gosto:
"Results without causes are much more impressive" em The Adventure of the Speckled Band.
Isto é que vai um verão animado na blogosfera da educação, ninguém arreda pé, nem o ministro(a).
Valham a todos os Bloggers de IES, os Cyber-cafés e os Wi-fi!
Abraço,

Rosa Silvestre disse...

Resumindo e concluindo, falta o principal, ou seja:
- falta o projecto;

- falta o plano;

- falta a formação das pessoas que vão fazer parte do projecto.

Um abraço, RS