sábado, 25 de abril de 2009

A necessidade das revoluções cientificas, até em Economia

Estava eu, muito sossegado, a ver e ouvir a troca de galhardetes entre VM & PR, ontem na SIC Notícias, quando percebi porque é que o Vital não podia ir mais longe do que o tradicional blablablablablabla, face ao não menos conservador blablablablablabla do Paulo.

Uma revolução científica é um episódio não cumulativo do desenvolvimento, em que um paradigma mais antigo é substituído, no todo ou em parte, por um novo, com o qual é incompatível.

Uma revolução científica que resulta numa mudança de paradigma é análoga a uma revolução política. [Noto a notável semelhança entre as características descritas abaixo, e que se referem ao processo de revolução política e aqueles descritos abundantemente na literatura, sobre o processo de revolução científica]

1. As revoluções políticas, em geral, começam por um sentimento crescente por parte dos membros de uma comunidade, de que há instituições incapazes de solucionar adequadamente os problemas surgidos num ambiente de anomalias e crise, criado (em parte) por elas mesmas.

2. A insatisfação com as instituições existentes é, geralmente, limitada a um segmento da comunidade política.

3. As revoluções (políticas) pretendem mudar as instituições (políticas), usando formas e modos proibidos por essas mesmas instituições.

4. Durante os períodos intercalares que se sucedem ao longo de uma revolução, a sociedade não é totalmente regida por instituições ditas, de todos.

5.Também, os indivíduos, à medida que o tempo vai passando, tornam-se cada vez mais afastados da vida política e vão agindo, de modo crescente, mais excentricamente dentro do circo político.

6. Com o aprofundamento da crise, as pessoas comprometem-se apenas com propostas concretas para a reconstrução da sociedade, no âmbito de um novo quadro institucional.

7. Os partidos políticos concorrem entre si, em campos opostos.

a) Um campo visa defender a antiga constelação institucional.
b) Um campo (ou mais) pretende instaurar uma nova ordem política.

8. Sempre que ocorre polarização, o recurso aos políticos falha.

9. Os Partidos, presentes num conflito revolucionário, finalmente, recorrem a técnicas de manipulação de massas.

Tal qual a escolha entre instituições políticas rivais, a decisão entre paradigmas concorrentes acaba por se revelar, fundamentalmente, uma escolha incompatível entre modos de vida da comunidade. As diferenças paradigmáticas não podem ser conciliadas.
Por isso, esgrimir argumentos pró Vital ou pró Paulo acaba por ser bolota na minha mesa.
Bolota não! Obrigado.

http://www.youtube.com/watch?v=IWnsb0Yq2qM

1 comentário:

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