sexta-feira, 16 de maio de 2008

Regressos são sempre pontos de partida





Neste tempo da Feira dos 4 Dias em Fafe, sabe bem ter tão perto as Terras de Basto.
A generalidade dos lavradores – como aqui se diz – partem para acampar em Moreira de Rei e terras mais a Noroeste, por onde passa o Rio Ferro e onde se situa o património do Major, homem incréu nas virtudes da CMVM.
Pouco passava do meio-dia já eu estava sentado no restaurante da viúva, relendo o Inimigo Público, amigo e companheiro de sexta-feira.
A «viúva» não precisa mandar lista à mesa; sabe que respeito acima de tudo a excelente profissional, a amiga que discute petiscos e pitéus nunca provados por quem aparece com relógio, roupa apertada e cacarejar de galinha.
Assim, aviado que foi um bacalhau na brasa com batatinhas novas, feijão frade, salsa, cebola, vinagre tinto, azeite sem rodeio, mais a proverbial caneca de branco da Lixa, restou tempo para um debate animado acerca de favas, ervilhas de quebrar e até o supra-sumo de um chicharro passado na brasa de umas podas de oliveira para quem não-há-pai neste mundo.
A sobremesa foi decidida entre peras assadas em vinho tinto e maçã assada no forno, bem quente, que isto de servir fruta assada a uma temperatura abaixo dos 10 graus não lembra nem a quem escreve em jornais.
Tudo isto a 10 euros, tá bem tá oh! Guia Michelin.
Tá bem esqueceu a broa de milho.

Pois é, estas coisas têm todo um pretexto: é que no dia 27 vou finalmente aparecer no Centro Comercial de Belém. Merece música? Merece; tango, rumba e almoço no restaurante da viúva, já ali nas Terras de Basto. Atenção, vou ter que me despedir da família; dizem Xutos & Pontapés que são 9 horas de caminho de Bragança até Lisboa, que fará entre Arco de Baúlhe e a Gare do Oriente?


NOTA Post-scriptum

Ainda não me decidi se interpreto Rachmaninoff (Сергей Васильевич Рахманинов) ou Sergei Sergeyevich Prokofiev…

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