& depois do adeus...
& depois do adeus…
Quis Regina – sem ser Elis – que continuássemos a cantiga. É justo!
Não passamos de meia dúzia de ‘enfant terrible’ quase todos da geração prateada, mas orgulhosos de dizermos de nossa justiça. Giro, tudo muito giro, porque nesta bagunça de tudo ser permitido, andamos por aqui, amarelos, brancos e pretos, sem nos preocuparmos muito com a cor da pele nem o estilo do sabão.
O chamado ‘ensino superior’ está numa fase interessante da gravidez. Está prenho de ideias velhas, prisioneiro de todas as nossas declarações de interesses, para o bem e para o mal vazio de ideias novas.
Vejo-me a reflectir sobre tudo isto, imaginando-me Decartes, boa conta bancária ou rendimentos garantidos pelo herança familiar, deitado na cama lavada, onze horas da manhã, olhando o tecto, lucubrando sobre cagadelas de mosca e (re)construindo as bases da Geometria Analítica.
Tenho dois pares de óculos pousados na almofada da cama: um, lentes mais volumosas, olha para tudo isto como se eu fosse (sou) Bispo; outro par, lentes filigranicas, olha para tudo isto como se fosse urgente irromper outra terça-feira vermelha, também pode ser encarnada, para não ofender amigos de sensibilidade infrared. Os dois pares de lentes são antagónicos e irreconciliáveis, pese a deferência com que se cumprimentam sempre que se encontram.
- Como está senhor Reitor?
- Como está senhor Professor?
Que puta de vida! Direi eu, olhando à minha volta e passando a pente fino os jovens padres que a mim se chegam e as freiras convictas que no meu confessionário se confessam.
Aqui chegado, lembrando-me do báculo e do anel, deito mão a uma espada de fogo que arde e que se vê e não resisto a dizer à boca cheia:
- Esmagar o teu inimigo com a ponta da tua bota!
2 comentários:
Isso foi o estado em que ficou o heli depois de o ter pilotado, ou é aquele em que costuma viajar? :-)
Quase...quase...
A metáfora tem a ver com o estado da Educação Superior com a qual, para o mal e para o bem, estou comprometido.
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