As empresas querem o quê, da educação superior?
Nunca me esquecerei do primeiro vídeo divulgado por Diane, numa conferência sobre inovação na área da educação e que, quase me produziu uma paixão assolapada digna dos filmes românticos; mas isso são contos de outros blogs, que não são para aqui chamados.
And what does business want from higher education? It is no mystery.
As empresas querem que a educação superior funcione em seu próprio (delas) benefício, principalmente fazendo três coisas:
- Produzindo os graduados cujas aptidões e competências são exactamente aquelas que estão definidas pelos departamentos dos RHs das ‘corporations’; isto é, os contribuintes que paguem os custos da formação da sua mão-de-obra mais qualificada;
- Proporcionando um mercado para os seus produtos (aqui têm lugar, os diversos media que enxameiam a chamada tecnologia educativa e os vários esquemas on & off-line de marketing que infestam os campus).
- Condução de trabalhos de investigação & desenvolvimento das ‘corporations’ nos diversos campus, de tal modo que esses trabalhos podem andar às cavalitas do investimento feito pelos contribuintes, que mais tarde, recomeçarão a pagar uma espécie de segunda época no tempo em que os produtos forem para o mercado.
Ou seja o ‘big business’ quer uma restruturação da educação superior que sirva os seus interesses e nisto, a hipocrisia é nula.
Qualquer Belmiro, Gonçalves ou Van-Zeller dirá isto, alto, bom som e com cobertura mediática pressurosa e engraxativa.
A questão colocada ao outro lado da corda é mais ou menos assim:
- E na parte da educação superior, são todos capazes de deixar a hipocrisia de lado e assumir este jogo de soma não-nula?
Nota Técnica:
O autor exerceu em determinada fase da sua vida de mercenário, as funções de Education Manager para o sul da Europa, na empresa APPLE.
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