domingo, 26 de abril de 2009

Hoje, ainda é dia.

sábado, 25 de abril de 2009

A necessidade das revoluções cientificas, até em Economia

Estava eu, muito sossegado, a ver e ouvir a troca de galhardetes entre VM & PR, ontem na SIC Notícias, quando percebi porque é que o Vital não podia ir mais longe do que o tradicional blablablablablabla, face ao não menos conservador blablablablablabla do Paulo.

Uma revolução científica é um episódio não cumulativo do desenvolvimento, em que um paradigma mais antigo é substituído, no todo ou em parte, por um novo, com o qual é incompatível.

Uma revolução científica que resulta numa mudança de paradigma é análoga a uma revolução política. [Noto a notável semelhança entre as características descritas abaixo, e que se referem ao processo de revolução política e aqueles descritos abundantemente na literatura, sobre o processo de revolução científica]

1. As revoluções políticas, em geral, começam por um sentimento crescente por parte dos membros de uma comunidade, de que há instituições incapazes de solucionar adequadamente os problemas surgidos num ambiente de anomalias e crise, criado (em parte) por elas mesmas.

2. A insatisfação com as instituições existentes é, geralmente, limitada a um segmento da comunidade política.

3. As revoluções (políticas) pretendem mudar as instituições (políticas), usando formas e modos proibidos por essas mesmas instituições.

4. Durante os períodos intercalares que se sucedem ao longo de uma revolução, a sociedade não é totalmente regida por instituições ditas, de todos.

5.Também, os indivíduos, à medida que o tempo vai passando, tornam-se cada vez mais afastados da vida política e vão agindo, de modo crescente, mais excentricamente dentro do circo político.

6. Com o aprofundamento da crise, as pessoas comprometem-se apenas com propostas concretas para a reconstrução da sociedade, no âmbito de um novo quadro institucional.

7. Os partidos políticos concorrem entre si, em campos opostos.

a) Um campo visa defender a antiga constelação institucional.
b) Um campo (ou mais) pretende instaurar uma nova ordem política.

8. Sempre que ocorre polarização, o recurso aos políticos falha.

9. Os Partidos, presentes num conflito revolucionário, finalmente, recorrem a técnicas de manipulação de massas.

Tal qual a escolha entre instituições políticas rivais, a decisão entre paradigmas concorrentes acaba por se revelar, fundamentalmente, uma escolha incompatível entre modos de vida da comunidade. As diferenças paradigmáticas não podem ser conciliadas.
Por isso, esgrimir argumentos pró Vital ou pró Paulo acaba por ser bolota na minha mesa.
Bolota não! Obrigado.

http://www.youtube.com/watch?v=IWnsb0Yq2qM

terça-feira, 21 de abril de 2009

Stories about the other lady

A senior-level tenured neuroscientist at the Salk Institute for Biological Studies in La Jolla, Calif., is teetering on the edge of closing his lab after Salk administrators pulled hundreds of thousands of dollars in funding that was tied to a dwindling endowment.
Stephen Heinemann has seen tough financial times. As president of the Society for Neuroscience in 2005-06, he had a front-row seat in Washington to watch the NIH budget flatline. Expecting diminishing grant payments, he gradually shrunk his lab from a staff of more than 40 around a decade ago to a dozen or so researchers today.
Then the economy tanked, and in January Salk halted all funding stemming from the Salk Institute Council Endowment, which supported Heinemann's endowed chair position and a sizeable chunk of his research. Heinemann still held two grants from the NIH and received support from a private foundation. But with an active mouse research lab that cost north of half a million dollars each year, he couldn't make ends meet without the endowment that paid for 30-40% of his operating costs as well as his salary.
The Salk administrators audited Heinemann's books and told him he had to make cuts. He started using new cryogenics techniques to freeze mice and bring down his overhead costs, but it wasn't enough. He had to let some staff go. "Unfortunately, you can't freeze people," Heinemann told.
In response, Heinemann laid off six of his remaining staff. A fired postdoc who asked to remain anonymous told that the decision to pull the endowment funding came "all of a sudden, without prior discussion." After many years of working at the institute, this postdoc now only has funding until the end of the month.
"I don't know what's going to happen," said Heinemann, 70, who started up his lab at Salk almost four decades ago, but like all Salk professors works on year-to-year contracts funded through grant money alone. "I could easily be out the door." Now, Heinemann is trying to get his students and postdocs jobs elsewhere "before they fire me," he said. Without adequate funding to keep up an active research program, "people aren't going to stay in the lab because it's not a good place to be trained."
Heinemann was elected to the National Academy of Sciences in 1992, to the American Academy of Arts and Sciences in 1997, and to the Institute of Medicine in 2001. His work has been cited thousands of times, according to ISI. For example, his 1991 Science and 1994 Neuron papers on the structure of the glutamate receptor have been cited 497 and 286 times, respectively.
According to Heinemann, Salk administrators told him that under California law the institute could only pay him the interest on the endowment, and with the downturn in global markets they couldn't legally draw on the endowment's principal. But effective January 1st, 2009, California adopted the Uniform Prudent Management of Institutional Funds Act (UPMIFA), which does allow so-called "underwater" spending if such actions are deemed prudent by the board of the endowment, said Erik Dryburgh, an attorney who specializes in charitable giving at the San Francisco-based law firm Adler & Colvin.
Heinemann also argued that it's unfair to pull his funding considering that two institutional endowments stem from intellectual property that was developed in his lab, and which Salk sold to Merck over a decade ago. "My position is that I raised those endowments, both of them," he said. "As long as I have an active lab and if I'm still doing good enough science," Heinemann feels that the money should keep flowing.
Heinemann has appealed to William Brody, Salk's new president who took up the post on March 1, and Marsha Chandler, the executive vice president and chief operating officer, to draw on the endowment and continue to fund his lab. He's not overly optimistic, however. "I expect that I'll be fired," he said. "The question is just how quick. I just want to get my students out of here."
Salk officials declined to comment on the funding situation. "Drs. Brody and Chandler are not available for interviews for your story," Susan Trebach, a Salk spokesperson, told to us.
"The Heinemann financial situation is a personnel matter and they will not comment on it."
"Most [Salk] labs are funded based on their own capacity for generating money," Salk neuroscientist Fred Gage told... "Sometimes, the individual chairs need to be evaluated on individual bases depending on where the money came from." The way that Salk administrators have dealt with the economic downturn has been "pretty transparent and open," said Gage. "Our institute is doing the best they can to cope with it."

domingo, 19 de abril de 2009

A crise? que vale a crise? Cante a crise quem souber…

A) A comunidade dos economistas não consegue abordar o tema sem recorrer a um conjunto de «crenças» herdadas dos seus antecessores.

1. Estas crenças fazem parte dos “fundacionais”, ou seja, da iniciação educativa que os preparou e licenciou como praticantes e profissionais.
2. A natureza dita “rigorosa e rígida” da sua preparação prévia, assegurou um encaixe profundo na mente de cada um deles, desde os tempos de estudante.

B) A economia dita «normal» está ancorada na asserção segundo a qual, a comunidade científica dedicada a esta ciência, conhece o que é o Mundo.

C) Partindo da premissa anterior, a ciência oficial suprime qualquer novidade fundamental que possa ser encarada como «subversiva dos compromissos básicos».

Novas asserções exigem a reconstrução dos pressupostos anteriores e a reavaliação dos factos passados. Isto é difícil por várias razões, pelo tempo que se gasta, mas também pela feroz oposição da comunidade estabelecida.

A crise vai desaguar num de três caminhos:

1. A ciência oficial prova que tem capacidade para dominar o(s) problema(s) que provoca(m) a crise e tudo regressará ao “normal”.
2. O problema resiste e terá de ser chamado pelo nome próprio e apelidos de família. Percebe-se que o problema é resultante de falhanços ocorridos no respectivo campo, mas acredita-se que existem as ferramentas necessárias para resolver isto.
3. Vai emergir uma nova solução candidata, por isso mesmo, temos de nos preparar para a «guerra»

Os que são partidários da UTOPIA sabem que a transição de um paradigma em crise para um outro paradigma alternativo não é um processo cumulativo. Trata-se de reconstruir o campo afectado, partindo de novos fundamentos. Esta reconstrução

i. modifica alguns dos fundacionais teóricos do campo
ii. muda métodos e aplicações
iii. altera as regras do jogo


A crise tem sido comentada insistentemente pelos «grandes» da comunidade lusíada, porque a teoria convencional não propõe soluções para os problemas que ela mesma, teoria, definiu.


SEGUIR O «link» do Senhor Engenheiro...

http://www.youtube.com/watch?v=LKLjg1Lb03Y


terça-feira, 7 de abril de 2009

Contra a CRISIS «morte aos governos velhos»




España, está meditando reconsiderar parte de la estructura que diseñó hace un año, ya que algunas de las propuestas, como separar Universidades de Educación, no han dado el resultado previsto. El esquema que ideó, formando un equipo en el que intercaló renovación generacional con veteranía y con muchas carteras de nueva creación, "ha saltado por los aires", señalan los interlocutores consultados.